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Questão econômica para governo Dilma é taxa de juros, afirmam jornalistas

João Caminoto, José Paulo Kupfer e Leandro Modé, da editoria de Economia do Estadão, participaram de entrevista especial de eleições

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - As contas do governo, a dívida pública e os juros serão a marca do governo Dilma, na opinião dos jornalistas João Caminoto, José Paulo Kupfer e Leandro Modé. "O nome da questão econômica do próximo governo é taxa de juros. Vai ser feito um esforço de ajuste das contas públicas", disse Kupfer em bate-papo na TV Estadão.

 

"Haverá um esforço fiscal, mas não se sabe ainda como se dará isso", disse Modé, ao lembrar que a projeção é que o Brasil chegue ao final de 2014 com uma relação da dívida líquida/PIB de 30%. Hoje, ela está em 40%. "Isso significa que deverá haver uma redução de três pontos porcentuais ao ano."

 

 

Caminoto lembrou que houve uma campanha eleitoral pobre em ternos de propostas econômicas. "Há uma expectativa enorme das mudanças que virão e se virão."

 

 

Kupfer lembrou que a nova presidente falou em manter os gastos sociais e, mais do que o Serra, sobre as desonerações "da folha de salário, dos investimentos, do saneamento". "É uma equação interessante de se ver: de um lado os gastos mantidos, de outro as desonerações."

 

 

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Equipe econômica

 

Sobre os possíveis nomes da equipe econômica, os jornalistas dão seus palpites. "Henrique Meireles deve ficar no governo, provavelmente na área de infra-instrutora. Mas não se sabe se no ministério ou se na presidência da Petrobrás, como se especula." Para o Banco Central, Modé aposta numa solução caseira, com o diretor Alexandre Tombini. A segunda possibilidade, menos provável, é o economista-chefe do Bradesco, Otavio de Barros.

 

 

Caminoto lembrou que para o Ministério da Fazenda, o mercado aposta no Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES. A segunda possibilidade é a continuidade do ministro Guido Mantega.

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Kupfer lembra que outro nome que deve aparecer na equipe econômica é Nelson Barbosa, secretário do Ministério da Fazenda. "O que é importante notar é que a equipe econômica deve ter nomes que já estão no governo, talvez em outros cargos. Novos nomes são cotados para cargos auxiliares."

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