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Conselho de Administração da Petrobrás exonera diretor responsável por relatório sobre Pasadena

Valmar Hupsel Filho

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Atualização:

O conselho de administração da Petrobrás decidiu nesta sexta-feira, 21, exonerar o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, apontado pela presidente da República, Dilma Rousseff, como responsável pelo relatório que subsidiou a compra da refinaria de Pasadena (EUA). O executivo, que está de férias na Europa, deixa o cargo na diretoria financeira da BR Distribuidora.

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A estatal confirmou a demissão em nota. O presidente da subsidiária da Petrobrás, José Lima de Andrade Neto, acumulará interinamente a diretoria financeira.

A exoneração de Cerveró acontece dois dias depois de o Estado revelar que a presidente Dilma Rousseff apontou o relatório feito em 2006 pela diretoria que ele era responsável como "incompleto" e "juridicamente falho". O documento fundamentou a decisão do conselho da Petrobrás, na época presidido por Dilma, pela compra da refinaria de Pasadena.

O negócio é investigado pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União, Ministério Público e Congresso por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.

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Ex-dirigente é acusado de elaborar relatório apontado como "falho" pela presidente Dilma Rousseff Foto: Fabio Motta/Estadão

Com base no documento, a Petrobrás autorizou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato que Dilma afirmou nesta semana desconhecer, a estatal foi obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com uma empresa belga. Ao final do negócio, a estatal foi obrigada a desembolsar US$ 1,18 bilhão - cerca R$ 2,76 bilhões.

Um ano antes, a mesma refinaria havia sido adquirida inteira pela Astra Oil por US$ 42,5 milhões.

Responsabilidade. O "resumo executivo" sobre o negócio Pasadena foi elaborado em 2006 pela diretoria internacional da Petrobrás, comandada por Nestor Cerveró. O documento defendia a compra da refinaria como medida para expandir a capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de petróleo brasileiros.

Procurado nesta sexta-feira, Cerveró não quis falar. "Do jeito que as coisas foram postas, minha única alternativa é o silêncio", disse.

Colaborou: Vinícius Neder

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