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Randolfe entra com ação no STF para suspender apuração contra delegado do MEC

Senador afirmou que o caso é uma perseguição a servidores públicos corretos

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Por Natália Santos
Atualização:

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou na última sexta-feira, 8, com um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir que o delegado Bruno Calandrini seja investigado por uma sindicância da Polícia Federal após ter questionado as condutas do órgão na captura e no tratamento ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Calandrini foi o responsável pela investigação que levou à prisão de Ribeiro e de pastores ligados ao ‘gabinete paralelo’ instalado na pasta – caso revelado pelo Estadão.

Randolfe afirmou que recebeu “com supressa” a intimação da PF para Calandrini prestar esclarecimentos sobre as críticas à Polícia Federal. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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No final de junho, após as prisões serem realizadas, uma mensagem de Calandrini foi divulgada para a imprensa em que ele denuncia suposto “tratamento privilegiado concedido” pela Polícia Federal ao aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). O delegado ainda afirmou não ter “autonomia investigativa e administrativa para conduzir o inquérito policial do caso com independência e segurança institucional”.

Randolfe afirmou que recebeu “com supressa” a intimação da PF para Calandrini prestar esclarecimentos sobre as críticas. “Os fatos são gravíssimos e devem ser impedidos. Perseguir servidores públicos corretos e que não se dobram às vontades não republicanas do governo é uma estratégia repetida de personagens autoritários ao longo da história e não seria diferente com Jair Messias Bolsonaro, que tenta tratar a administração pública como extensão de sua casa”, disse no documento.

O senador defendeu que o dever funcional do delegado é denunciar as irregularidades: “A sua omissão frente a desvios de superiores que seria punível na forma legal, não a sua denúncia.” Para Ranfolfe, a perseguição a Calandrini pode se reproduzir como “mais um caso no qual mostra-se que ficar calado é melhor que denunciar, impedindo que os crimes mais nefastos permaneçam impuníveis”.

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