A Rede Sustentabilidade oficializou neste sábado, 11, na capital paulista, o apoio a Fernando Haddad (PT) na disputa pelo governo de São Paulo. O cargo de vice na chapa de Haddad ainda não está definido. Como antecipou o Estadão, o petista gostaria de ter Marina Silva (Rede) como vice em sua chapa. Há, porém, resistências no próprio PT.
No encontro deste sábado, o petista e a ex-ministra deixaram em aberto a possibilidade. Marina afirmou que há um debate dentro e fora da Rede de que é fundamental a “melhoria do Congresso Nacional”. “Estou apta, sim, a ser candidata a deputada federal por São Paulo.”
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Haddad, por sua vez, se esquivou de responder se Marina era a “vice de seus sonhos”. Ele disse que a composição depende do desenho final da coalizão de apoio à sua candidatura, o que espera estar definido ainda neste mês. “Aí sim, vamos definir a chapa majoritária.”
“Tenho divergências com o PT. Mas trato as divergências políticas com diálogo. É isso o que posso dizer”, afirmou a ex-ministra e ambientalista, ao responder perguntas de jornalistas sobre o assunto. O vereador e ex-senador Eduardo Suplicy (PT), que chegou ao evento no final da manhã, falou que acha positivo ter Marina como aliada no Estado. “Marina é uma irmã para mim.”
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Com residência em São Paulo, ela pode ser candidata a uma vaga na Câmara dos Deputados ou assumir a posição de vice-governadora de SP. Outro nome cogitado nos bastidores para possível vice de Haddad é o de Marina Helou (Rede), deputada estadual que foi candidata à Prefeitura da capital em 2020 pela sigla.
Marina Silva nasceu em Rio Branco, no Acre, e na infância recebeu tratamentos de saúde na capital paulista. “Tenho uma relação política, familiar e de muita gratidão por tudo o que São Paulo fez pela minha vida por três vezes em que os médicos disseram que a coisa estava feia para mim.” Aos 64 anos, a ex-ministra e ex-senadora sofre de sequelas de malária, contaminações por mercúrio e leishmaniose.
“Democracia é algo para ser exercitado mesmo”, disse, ao iniciar sua fala no encontro. Ela citou a guerra na Ucrânia, disputas ambientais e a “guerra política” no Brasil. “A forma como se ganha vai determinar a forma como se governa”, afirmou, se referindo ao que poderá acontecer no País caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito.
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Recém-recuperada da covid-19, ela ainda pediu desculpas pelo cansaço e agradeceu a Deus pela oportunidade de estar ao lado do antigo companheiro dos governos do PT. “Eu já fui, há muito tempo, a senadora mais jovem do Brasil”, ressaltou, sobre seu mandato no Senado pelo Acre, iniciado em 1995. Quando ela foi ministra do Meio Ambiente no primeiro governo Lula, Fernando Haddad assumiu o Ministério da Educação.
As diretrizes da Rede para um programa de governo foram entregues a Haddad antes do encontro. O documento fala sobre a necessidade de preservação de áreas ambientais no Estado de São Paulo, demarcação de terras indígenas, representatividade feminina na política, desenvolvimento de políticas econômicas, combate ao racismo, entre outros temas.
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Desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips
Sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia, Marina disse que o caso tem relação com a ausência do Estado na região. “A responsabilidade é, em primeiro lugar, da ausência do Estado. Temos vários povos isolados que deveriam ter a proteção do Estado naquela região. O Estado é omisso, faz um discurso de incentivo à violência. Eles estavam fazendo o trabalho que o governo não faz, o jornalista e o indigenista”, afirmou a ex-ministra. “Inclusive, uma das primeiras manifestações sobre eles foi chamá-los de aventureiros.”
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