Zema alfineta Lula após orientação de não comprar produtos caros em mercados

Sem citar o nome de Lula, governador de Minas disse que ‘café reaproveitado e desculpas esfarrapadas são difíceis de engolir’

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Foto do author Gabriel de Sousa

BRASÍLIA - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista sugerir que o povo pode baixar preço de alimentos se não comprar produtos caros em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia. Sem citar o nome de Lula, Zema chamou a ideia de “lorota econômica” em uma publicação feita no perfil dele no Instagram neste sábado, 8.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) Foto: Werther Santana/Estadão

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“Café reaproveitado e desculpas esfarrapadas são difíceis de engolir. Quando o bolso do brasileiro aperta surgem as ideias mais absurdas. E você, qual foi a maior lorota econômica que ouviu por aí?”, disse o governador mineiro.

Além de Zema, outros políticos de oposição ao governo Lula criticaram a afirmação do presidente. As reações negativas vieram desde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados dele quanto de congressistas que integram a base governista.

Essa não é a primeira vez que Zema faz críticas ao governo Lula. No mês passado, Zema abriu fogo contra o presidente e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por causa dos vetos do chefe do Executivo ao projeto que regulamenta um programa voltado ao pagamento das dívidas estaduais.

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Também pelas redes sociais, Zema disse que os vetos de Lula prejudicam os mineiros, que somam R$ 157,7 bilhões em dívidas, e que, caso os cortes não sejam derrubados pelo Congresso, o Estado não irá participar do novo programa. O governador afirmou ainda que o exemplo de austeridade deveria “partir de cima”, em referência ao Planalto.

Como resposta, Haddad acusou Zema de se privilegiar com o aumento de 298% no próprio salário enquanto Minas estava em regime de recuperação fiscal. Lula, por sua vez, chamou o governador mineiro de “ingrato” junto a outros quatro que comandam os Estados com maior débito perante a União.

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