BRASÍLIA - Centrais sindicais vão hoje às ruas de 27 capitais em todo o País contra a "ruptura democrática" e pela garantia dos direitos trabalhistas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), organizadora dos atos, refuta a ideia de que os protestos sejam em defesa do governo, mas levanta a bandeira contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A pauta de reivindicações também inclui maior interlocução com o Planalto.Os atos contam com apoio, em algumas capitais do País, do PT, do PC do B e do PSOL. A central informa ter mobilizado 3.820 entidades em 27 capitais, com fretamento de ônibus, distribuição de faixas, cartazes e camisetas a cargo dos sindicatos. A CUT ressalta que não conta com a ajuda de empresas para custear o evento. Para isso, serão usados recursos da entidade. Cerca de 80% do caixa da central, tal qual das demais centrais, é formado pelo repasse do imposto sindical pelo governo. Apesar de ser a única entre todas as seis centrais beneficiadas pelo dinheiro a declarar-se contrária ao imposto sindical, a CUT embolsou mais de R$ 52 milhões do governo no ano passado. Em alguns Estados, o movimento recebe apoio de partidos como o PT, PC do B e PSOL.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.