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UDR critica omissão de ministro em seqüestro do MST

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luis Antonio Nabhan Garcia, acusou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, de ter se omitido diante do seqüestro do secretário de Agricultura de Alagoas, Reinaldo Falcão, nesta terça-feira, por militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST). Segundo ele, o ministro não tomou as providências previstas em lei, determinando a prisão dos autores do crime. "Obstrução de rodovia e seqüestro são crimes, mas o governo preferiu negociar com os seqüestradores." A conduta do ministro, que se negou a comentar o ocorrido, conforme noticiou nesta quarta o Estado, deixa evidente sua conivência com o MST, segundo Garcia. "O atual governo começa mal seu projeto de reforma agrária, pois negocia com criminosos." Nabhan disse ter entrado em contato nesta quarta com as autoridades policiais de Delmiro Gouveia, onde ocorreu o seqüestro, e recebeu a informação de que não foi aberto inquérito para a apuração dos fatos. Segundo ele, isso indica que os militantes do MST estão recebendo tratamento privilegiado. "O procedimento normal seria a prisão em flagrante dos autores do seqüestro e a abertura de processo para que sejam responsabilizados criminalmente." O líder da UDR, entidade que congrega fazendeiros em todo o País, teme que a impunidade contribua para a ocorrência de novos enfrentamentos. Segundo Nabhan, o ouvidor agrário Gercino José da Silva Filho deveria ter exigido que a polícia prendesse os seqüestradores, pois deu declarações admitindo que houve uma ação violenta. "É caso claro de polícia, no entanto, o governo estende as mãos e propõe diálogo com os bandidos", reclamou.

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