O ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro desviado do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foi determinado pelo governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. A decisão foi publicada no "Diário Oficial" do Estado (DOE) de hoje e ordena a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) a tomar medidas administrativas e judiciais contra "eventuais envolvidos" no caso, assim que o crime for comprovado. O despacho esclarece que a publicação é necessária, "tendo em vista as notícias insistentes publicadas na imprensa acerca de indícios de desvio de recursos do FAT, e a necessidade de garantir lisura e transparência à aplicação desses recursos". O Ministério Público (MP) mantém como principais suspeitos o ex-secretário de Assistência Social, Cidadania e Trabalho do Estado Agamenon Rodrigues do Prado e a ex-coordenadora de Comunicação Social Sandra Regina Baraúna Recalde, que, em abril, pediram demissão. Eles são acusados de destinar o dinheiro do FAT a várias organizações trabalhistas e religiosas, que nunca receberam as verbas. Parte das dotações também foi empregada na campanha do PT, durante as últimas eleições, conforme denúncias apuradas pela Polícia Federal (PF).