Zema declara apoio a Bolsonaro no segundo turno: ‘Gestão do PT foi desastrosa em Minas’

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do País, peça-chave na estratégia de vitória dos dois candidatos à Presidência

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Por Redação
Atualização:

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi a Brasília se encontrar com o presidente e fez um pronunciamento ao lado de Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

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“Sempre dialoguei com Bolsonaro, vamos colocar divergências de lado. Acredito muito mais na proposta de Bolsonaro do que na do adversário”, disse o governador, principal figura hoje de seu partido, o Novo, que disputou o Planalto com Felipe d’Avila. Zema justificou sua escolha com base na política mineira.

No pronunciamento, Zema criticou o governo de Fernando Pimentel (PT), seu antecessor, em Minas. “Foi uma gestão desastrosa que arruinou o Estado de Minas”, declarou. “É só perguntar para qualquer prefeito de Minas Gerais o estrago que o PT fez no Estado”, disse o governador reeleito.”Então, estou aqui para declarar o meu apoio à candidatura do presidente Bolsonaro, porque eu mais do que ninguém herdei uma tragédia”, disse Zema.

Ao criticar Lula, o governador mineiro disse que o governo do petista no começo foi “muito bom”, mas depois “a conta veio amarga”.

O presidente definiu o apoio como “mais que bem-vindo”, “essencial” e “decisivo”. “Minas é o segundo colégio eleitoral do País”, afirmou Bolsonaro. “Dizem que só quem ganha em Minas pode chegar à Presidência da República. Mais que bem-vindo, o apoio do Zema é essencial e decisivo para minha reeleição.”

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Adriano Machado/REUTERS

Zema foi reeleito neste domingo, 2, como governador de Minas Gerais. O candidato do Novo obteve mais de 6 milhões de votos. Logo após a vitória, ele voltou a criticar o PT e já deu sinais de que poderia apoiar Jair Bolsonaro (PL).

Como mostrou o Estadão, Zema evitou se envolver na disputa nacional durante a sua campanha, enquanto seu principal adversário, Alexandre Kalil (PSD), adotou outra estratégia e colou sua imagem a Lula. O palanque formal de Bolsonaro no Estado era Carlos Viana (PL), mas o chefe do Executivo flertou com Zema em declarações. Disse, por exemplo, em live no fim de setembro, que o governador do Novo fez um “bom trabalho”.

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Já no domingo, 2, Zema havia sinalizado a reaproximação com Bolsonaro, mas se comprometeu a ouvir o partido e seguir a orientação do Novo, que emitiu nota para “liberar” seus filiados a seguir o posicionamento que desejassem. O mesmo texto, entretanto, manifestava repúdio ao “lulismo e ao PT”. D’Avila, porém, preferiu se manter neutro. Logo após votar, em São Paulo, afirmou que não apoiaria “nenhum dos dois populistas”: “O populismo vai continuar, infelizmente, erodindo a democracia e a liberdade brasileira”, disse. / COM BROADCAST

Veja a íntegra da nota do Novo:

“O NOVO trabalhou muito para oferecer aos brasileiros uma alternativa presidencial contra a polarização entre Lula e Bolsonaro, mas infelizmente sem sucesso.

Diante do cenário eleitoral do segundo turno, o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico, totalmente contrário ao PT, ao lulismo e a tudo o que eles representam, e libera seus filiados, dirigentes e mandatários, para declararem seus votos e manifestarem seu apoio de acordo com sua consciência e com os valores e princípios partidários.

Seguiremos trabalhando para oferecer as melhores alternativas aos eleitores e construir um Brasil melhor para todos.

Partido Novo”

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