Alerta severo da Defesa Civil de SP no celular? Veja como é tecnologia usada pela 1ª vez na cidade

Mensagem sobre risco de chuva e rajadas de vento foi enviada para os celulares dos paulistanos na tarde desta sexta-feira por causa do forte temporal que atingiu a capital

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Foto do author Caio Possati
Atualização:

Os moradores da cidade de São Paulo receberam, pela primeira vez, às 15h57 desta sexta-feira, 24, um alerta severo da Defesa Civil do Estado em decorrência das fortes chuvas que caíram na capital paulista. Todas as regiões da cidade ficaram em estado de alerta - encerrado às 17h35 -, por conta das precipitações, que chegaram a provocar 40 pontos de alagamento na cidade, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da Prefeitura.

A mensagem foi disparada para todos os aparelhos sem necessidade de cadastro prévio. O aviso informou: “Alerta Severo - Defesa Civil: Chuva forte se espalhando pela capital paulista com rajadas de vento e risco de alagamento. Mantenha-se seguro”.

Chuva forte na região do Sumaré, na zona oeste de São Paulo Foto: Helcio Nagamine/Estadão

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O envio do alerta foi feito por meio da tecnologia CellBroadCast, usada pelo sistema da Defesa Civil Alerta, e que se pulveriza a partir das antenas das operadoras de telefonia instaladas na cidade. E o aviso é endereçado e alcança todos os celulares com tecnologia 5G ou 4G, que se encontram na área de risco traçada pela Defesa Civil.

O órgão diz que o alerta severo é emitido com base em dados de monitoramento em tempo real, como a intensidade da chuva, os ventos e a ocorrência de eventos meteorológicos extremos, como raios, granizo ou tempestades.

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Segundo a Defesa Civil, há dois tipos de alerta nesse caso:

  • Alerta severo: não há uma urgência imediata e a população tem mais tempo para se proteger;
  • Alerta extremo: nível máximo de alerta, aponta para ameaças extremas à vida ou à propriedade e convoca a população a adotar medidas de proteção imediata. Não há como desabilitar o recebimento da mensagem.

Ao Estadão, o tenente Maxwel Souza explica que o disparo do alerta severo foi realizado após os pluviômetros da Defesa Civil indicarem uma elevação rápida da chuva em curto espaço de tempo. “Foram 80mm em uma hora, entre às 15h e 16h”.

O milímetro de chuva usado como medida corresponde a um litro por metro quadrado. “A previsão é para chover 256mm em todo mês. Isso dá uma medida do quanto a chuva foi forte nesta tarde”, acrescenta Souza. Mais tarde, o tenente informou que o volume esperado é 288mm.

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A Defesa Civil afirma que um alerta foi enviado mais cedo, via SMS 40199, quando a chuva ainda apresentava nível moderado. Essa mensagem só chega às pessoas que estão cadastradas para recebê-la. “Assim que a chuva ficou mais intensa, foi enviado o alerta cellbroadcast, às 15h57″.

O objetivo, segundo o órgão, é alertar a população com tempo suficiente para as pessoas buscarem proteção, com comunicação feita com base “em dados concretos”. Por esse motivo, a Defesa Civil não informou sobre as chuvas antes das 15h57, quando já estavam volumosas. “Ainda havia incertezas sobre a sua gravidade”, disse o órgão, em nota.

Alerta da Defesa Civil de SP avisa sobre fortes chuvas e pede para as pessoas ficarem em local seguro. Foto: Isabella Moya/Estadão

Somente os alertas severos e extremos são enviados para os celulares que não estejam cadastrados. No aparelho, toca um sinal sonoro e a tela ficará travada com a mensagem. Além do alerta sobre riscos, a ferramenta deve informar sobre locais para evacuação e pontos seguros.

Em casos de riscos extremos, o alerta será emitido com sinal sonoro no smartphone, ainda que o aparelho esteja no modo silencioso.

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São Paulo foi um dos pioneiros nos testes desse recurso, que também já foi usado para cidades do litoral do Estado. A ferramenta passou a ser adotada em dezembro e a previsão é de que seja estendida para todo o País em 2025. Outras cidades, como Belo Horizonte, também têm recorrido à estratégia de disparos nos celulares para alertar moradores.

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