Cardeal Dom Odilo Scherer recebe o Prêmio Cidade de São Paulo

Arcebispo metropolitano também foi condecorado com a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão

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Foto do author Renata Okumura

O cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, recebeu o Prêmio Cidade de São Paulo em evento realizado na noite de sexta-feira, 1º, no Theatro Municipal.

Dom Odilo durante a homenagem no Theatro Municipal Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

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Durante a homenagem, Dom Odilo também recebeu a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão pela Câmara Municipal de São Paulo. A noite marcou ainda a celebração dos 70 anos da Catedral da Sé, um cartão-postal da cidade.

“Dom Odilo orgulha a cidade de São Paulo por sua capacidade de acolher a todos, por contribuir para tornar esta capital um lugar mais justo, bonito e solidário todos os dias”, afirmou em nota a Prefeitura de São Paulo.

Prefeitura homenageia Dom Odilo Scherer com Prêmio Cidade de São Paulo. Foto: Reprodução/Instagram/domodiloscherer

Na cerimônia, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reeleito no domingo passado, 27, reiterou a importância de Dom Odilo para a capital. “O melhor sentimento que podemos externar ao senhor é a gratidão por tantos anos de dedicação para cuidar da nossa arquidiocese”, disse no evento.

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Paulistano de coração

Gaúcho de nascimento, Dom Odilo foi criado no interior do Paraná, mas disse se sentir “plenamente paulistano de coração, e com muito amor”. “Aprendi a conhecer a dinâmica da metrópole e me inseri nela, aprendi a admirar a riqueza humana e material desta cidade e, ao mesmo tempo, aprendi a conhecer as suas pobrezas e as suas feridas abertas.”

Ao ser homenageado, o arcebispo lembrou de José de Anchieta, que dá nome à medalha concedida pela Câmara. “Esse nosso predecessor aqui em São Paulo, que junto com outros irmãos jesuítas iniciaram a presença da Igreja, do Evangelho aqui em São Paulo, no meio da população indígena e de imigrantes que pouco a pouco vinham chegando”, disse.

Mestre em Filosofia e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Dom Odilo exerceu diversas atividades acadêmicas nas décadas de 1980 e 1990, até se tornar membro da Comissão Nacional do Clero da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Ele foi oficial da Congregação para os Bispos, no Vaticano, entre 1994 e 2001, mesmo ano em que foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo pelo papa João Paulo II. Também atuou como vigário episcopal para a região de Santana, na zona norte da capital.

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Ao ser nomeado arcebispo metropolitano de São Paulo pelo papa Bento XVI, em 2007, Dom Odilo escolheu como seu lema episcopal o trecho do Evangelho que narra a celebração da última ceia de Cristo.

“Dom Odilo chamou para si a missão dada por Jesus aos apóstolos: que o gesto ritual de repartir o pão e o cálice continuasse a ser feito por eles ao longo do tempo, ‘em memória de Deus’, ou seja, lembrando de Deus, do que Ele fez e de tudo o que aquele rito significava”, comenta a Prefeitura.

Dom Odilo com o papa Francisco no Vaticano; saída da arquidiocese de São Paulo só ocorrerá em 2026.  Foto: Vatican Media/Reprodução

Arcebispo apresentou pedido de renúncia ao papa

A regra canônica prevê que o arcebispo ofereça sua saída do cargo ao completar 75 anos, idade que Dom Odilo alcançou no dia 21 de setembro.

Seguindo a norma, ele encaminhou ao papa Francisco um pedido de renúncia, mas o pontífice solicitou que permanecesse mais dois anos à frente da Arquidiocese de São Paulo, a maior do País.

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Com isso, Dom Odilo só deverá se afastar da função em 2026, quando se tornará bispo emérito.

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