O número 190 da avenida Maria Amália Lopes Azevedo é protagonista da cena cultural do Tremembé desde a década de 30. O local em que hoje funciona a Casa de Cultura do bairro já serviu de cinema e teatro, entre 1928 e 1930, época em que os filmes eram mudos e as trilhas sonoras tocadas ali mesmo. Ao vivo. Já as peças tinham como atores os próprios moradores da região. Tudo coordenado por Manoel Pontes, dono do prédio e fundador do grupo teatral.
O espaço fechou em 1932, sendo ocupado pelo Grupo Escolar Arnaldo Barreto. A escola ficou no prédio até 1977 e foi sucedida pelo Clube de Mães da Paróquia Tremembé (1977-1994). No período, o lugar prestava os mais diversos serviços ao bairro. Servia como sede da Associação dos Alcoólicos Anônimos, ponto de encontro do Lions Clube e Centro de Convivência da Terceira Idade. Dessa forma, a casa ia se fixando na história e no desenvolvimento sociocultural do Tremembé. Ora pelo lazer, ora pela educação.

Reformado e reaberto ao público em 2003, já sob a administração regional da subprefeitura Jaçanã/Tremembé, o lugar se tornou Centro de Convivência e Cultura Cora Coralina. Foi em outubro de 2005, porém, que virou oficialmente a Casa de Cultura Tremembé. Atualmente, oferece à comunidade uma porção de cursos grátis, como os de dança do ventre, cigana e de salão. Tem também aula de italiano, francês e espanhol e de bordado, trançado, ponto-cruz e crochê. Há atividades para todas as idades. Os pequenos, entre 4 e 7 anos, podem fazer balé. E mais: todo último sábado do mês ocorre ali o Sarau Poético Musical.
Para participar, é preciso começar o ano atento: as inscrições são feitas em fevereiro. Depois disso, só se houver alguma desistência e seu nome estiver na lista de espera. Os interessados devem levar o RG e um comprovante de residência. A Casa fica aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.