Começa demolição dos muros da Renascer em SP

Teto da igreja Renascer, na região do Cambuci, desabou no último domingo e matou nove pessoas

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Operários trabalham na demolição do muro da igreja. Foto: Antonio Milena/AE   A empresa Diez iniciou na manhã deste sábado, 24, a demolição do que restou da sede internacional da Igreja Renascer em Cristo, no Cambuci, centro de São Paulo, cujo teto desabou no domingo, 18, matando 9 pessoas. Com a ajuda de picaretas e marretas, dois operários removem os tijolos dos muros para dentro do terreno do templo. A dupla executa o trabalho a partir de uma gaiola, içada por um guindaste. Toda a ação é acompanhada pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros.   Veja também: Peritos vão reconstituir telhado de igreja MP: igreja renovou alvará sem atestado de engenheiro  Galeria de fotos: imagens do local e do resgate às vítimas  Todas as notícias sobre o desabamento na Igreja Renascer    Uma das preocupações é a previsão de pancadas de chuvas para a tarde deste sábado. "A inclinação (da parede) é muito grande e, como é período de chuva, também tem essa preocupação do peso da água infiltrando na alvenaria. Poderia ocorrer um desabamento", explicou o coordenador da Defesa Civil, Orlando Rodrigues Filho, em entrevista ao jornal SPTV, da TV Globo. Enquanto os muros não são derrubados, oito casas e os fundos de uma loja de roupa seguem interditados. Quando for finalizada a demolição, os imóveis passarão por vistorias e, caso a infraestrutura deles não tenha sido afetada, serão liberados. Há 11 moradores desalojados e 3 desabrigados. Na quinta, 20 vítimas entraram com representação contra a Renascer por danos sofridos na tragédia, segundo a Polícia Civil. Isso é necessário para processar a instituição, caso a responsabilidade pelo acidente fique comprovada ao fim do inquérito policial. Operários trabalham na demolição do muro da igreja. Foto: Antonio Milena/AE   Na quinta-feira, em transmissão via satélite a partir de Miami, o fundador da Renascer, Estevam Hernandes, voltou a falar aos fiéis: "Se tivéssemos opção de qual local escolher para morrer, minha opção seria o altar dentro da igreja. Todos nós temos de estar preparados para a eternidade. Essas vidas estavam preparadas para a eternidade." Segundo ele, "Deus levou aqueles que Ele desejava", abrindo, em seguida, uma discussão sobre o tema com os "bispos".   Hernandes afirmou que a demolição do templo custará R$ 500 mil. E concluiu: "Mas o nosso valor não é dinheiro, são vidas."

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