Damião sapateiro, um ancestral

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Por Redação
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Foi também num 14 de março, como hoje, só que em 1578, que a família de um sapateiro paulistano registrou na Justiça da primitiva vila de São Paulo um inventário de bens. Damião Simões deixara para viúva e filho uma casa, uma escrava, bacias de estanho, tinteiro, canos de botas, foice e o direito ao trabalho no ofício de sapateiro. A herança foi a leilão e o processo correu anos até que o herdeiro chegasse à maioridade, em maio de 1602. Essa partilha, hoje um conjunto de 32 páginas, plastificadas, é o mais antigo documento conservado no Arquivo Público do Estado de São Paulo.Muito da memória do século 16 se perdeu. Há outras relíquias da época na Câmara Municipal, na Cúria e no Mosteiro de São Bento, como as cartas de José de Anchieta, de 1556 e 1570. Mas o inventário do sapateiro Damião (leia no blog a transcrição do documento, com a descrição dos bens e a posse de uma escrava) é marca singular do modo de vida do ancestral do cidadão comum paulistano.

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