Durante a madrugada, grupo faz arrastão em lojas de Ilhabela

Bandidos aproveitaram noite chuvosa e fria e assaltaram dois estabelecimentos no centro da cidade

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Por Reginaldo Pupo
Atualização:

SÃO SEBASTIÃO - Ao menos sete homens armados fizeram um arrastão no centro de Ilhabela, litoral norte de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira, 17. A noite fria e chuvosa, com as ruas desertas, facilitou a ação dos bandidos.

 

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Eram 4h15 quando o bando, que chegou em uma lancha, destruiu a fachada de uma loja de roupas de surfwear e levaram cerca de 300 peças, entre bermudas e camisetas, segundo levantamento preliminar. As câmeras de monitoramento da prefeitura flagraram parte da ação e as imagens já estão em poder da polícia para tentar identificar os suspeitos.

 

Em seguida, os bandidos arrombaram um café, onde também funciona uma boutique de luxo, e levaram cerca de 300 óculos e 180 relógios de grife, segundo o proprietário José Roberto Pacheco. Dois suspeitos foram detidos pela Polícia Militar logo após os furtos. Os demais fugiram na lancha, que estava em uma praia em frente aos estabelecimentos.

 

É a quinta vez que o Free Port Café é assaltado. A última, em outubro do ano passado, ocorreu da mesma forma: os bandidos chegaram e fugiram de lancha. À época, eles também assaltaram a mesma loja de surfwear.

 

A delegada titular de Ilhabela, Renata do Carmo Lourenço, disse que a polícia está investigando se o arrastão de hoje tem ligação com o registrado em outubro. "Há fortes indícios de que se trata da mesma quadrilha, mas estamos investigando. A ação é idêntica. O mesmo número de pessoas envolvidas e a mesma forma de fuga", disse.

 

Desabafo. Ainda abalado, o proprietário do Free Port Café, José Roberto Pacheco, contabilizava na tarde de ontem os prejuízos. "Arrombaram a porta e limparam tudo". É a quinta vez que seu estabelecimento, que vende óculos de marcas famosas e chegam a custar até R$ 2 mil, é assaltado.

 

"A minha única função aqui (em Ilhabela) é pagar imposto e atender às exigências do poder público. Pago o imposto mais caro do mundo e não tenho segurança", desabafou. Pacheco disse que na madrugada do arrastão, havia apenas uma viatura da Polícia Militar na cidade. "Tiveram que chamar reforço".

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Insegurança. Os moradores da cidade estão apreensivos com mais um assalto cinematográfico. Agências bancárias também já foram assaltadas da mesma forma, ou seja, com os bandidos chegando e fugindo de lancha. Algumas delas acabaram se mudando para o bairro Perequê, longe do centro.

 

"O problema é, inegavelmente, sério", resume o presidente do Conselho Municipal de Segurança de Ilhabela (Conseg), Onofre Sampaio Junior. Segundo ele, nos últimos dois anos, a entidade vem pedindo à Secretaria de Segurança Pública maior efetivo. "As polícias Civil e Militar de Ilhabela fazem o que podem com a estrutura existente. No entanto, é necessário que o Estado olhe para os problemas de Ilhabela, que é um município diferenciado", frisa.

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