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Legislação frustra defensores da tolerância zero

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Por Redação

O projeto de lei aprovado pelo Congresso e que deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff frustrou entidades que defendem tolerância zero para álcool e direção.A líder da Frente Parlamentar de Combate a Motoristas Criminosos da Assembleia Legislativa, deputada Maria Lucia (PSDB), aprovou o aumento da multa, mas acha que, como o novo texto ainda mantém limites de tolerância para o álcool, permite que as pessoas tenham alguma quantidade de bebida no sangue antes de dirigir. "Cada pessoa tem seu metabolismo, varia de homem para mulher. Uma pessoa pode beber pouco e ficar alterada." Já o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues Alves Junior, que também defende limite zero para álcool no sangue dos motoristas, diz que o País não tem peritos criminais nem médicos suficientes para que as provas testemunhais - que agora foram aceitas para comprovar a embriaguez - sejam incontestáveis. "Faltam recursos humanos para a fiscalização. O País tem 32 milhões de motoristas que fazem uso de bebida. Um médico pode atestar se a pessoa bebeu ou se, por exemplo, está sob efeito de um medicamento. Mas há poucos médicos e peritos. O que deve acontecer é que as blitze vão continuar sendo pontuais. Vão continuar sendo na Vila Madalena e não na periferia", disse. / BRUNO RIBEIRO

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