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Nasce uma ponte aérea

Foi com os pés no chão que Cecília Flório Moser viu a ponte aérea Rio-São Paulo nascer e aumentar o movimento do Aeroporto de Congonhas. Ela tinha 8 anos em 5 de julho de 1959, quando um acordo entre Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul passou a oferecer voos a cada meia hora entre Congonhas e Santos Dumont – hoje, os aviões saem a cada 10 minutos.

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“Eu vivia no aeroporto, mas nunca tinha andado de avião”, conta. Explica-se: seu pai, Antonio Flório, trabalhava na seção de pintura e manutenção da Vasp e costumava levar a filha para passear em Congonhas. “A pista era de terra”, diz. A menina andava por ali pelo menos uma vez por semana. “Lembro da chegada da seleção campeã da Copa de 1958. O mesmo aconteceu quatro anos depois. Também ficava atenta quando meus ídolos desembarcavam. Vi Roberto e Erasmo Carlos, Paul Anka e vários outros artistas.”

Voar mesmo demorou para acontecer. Foi só na lua de mel, aos 24 anos, quando foi passear em Porto Alegre. Partindo de Congonhas, é claro.

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