As obras do Viaduto Diário Popular tiveram início na gestão do prefeito José Vicente Faria Lima, mas acabaram em 1969, na gestão de seu sucessor biônico, o prefeito Paulo Maluf. Uma estrutura de 540 metros ligando a Rua do Gasômetro à Avenida do Estado, o projeto foi apontado como desnecessário por alguns prefeitos que administraram a cidade e propuseram derrubá-lo.
Como o Elevado Costa e Silva, o Minhocão, projetado na gestão Faria Lima e tocado por Maluf, é uma das vias que mais provocam críticas dos urbanistas na cidade.
Em 1992, a prefeita Luiza Erundina iniciou as obras para demolir o viaduto. Ela pretendia reunir todas as secretarias municipais às margens do Tamanduateí, ao lado do Palácio das Indústrias, para onde havia acabado de transferir a sede do governo municipal. Dias depois, a demolição foi suspensa por força de uma liminar. Em 1993, Paulo Maluf, de novo à frente da Prefeitura da cidade, reinaugurou o viaduto e iniciou uma série de reformas para melhorar sua estrutura.
Em 2006, o prefeito José Serra (PSDB) voltou a promover a demolição do viaduto para revitalizar a região do Parque D. Pedro II. Segundo o prefeito, o viaduto cortava a comunicação entre o Mercado e o Museu da Criança, criado no Palácio das Indústrias. Apesar de todas as promessas, o viaduto segue de pé no centro de São Paulo.
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