O personal trainer Adriano Molina, que trabalha na região da Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, viu o avião de pequeno porte cair no meio da via, bater em um ônibus e explodir. Os dois tripulantes da aeronave morreram.
Segundo Molina, o cenário parecia de guerra. Os passageiros do coletivo, apesar dos momentos de pânico e desespero, conseguiram sair do veículo. Seis pessoas tiveram ferimentos leves.
“Imagine o desespero das pessoas querendo sair. Eu vi umas pisando nas outras. O ônibus estava cheio. Parecia guerra. Uma muvuca. Gente querendo sair pela janela ou pela porta”.
Já o gerente comercial Fabiano Morales também estava no local e presenciou o momento da explosão. “De tudo o que eu vi foi a cena mais impactante: o ônibus pegando fogo. Quando o avião bateu na traseira do ônibus, ele já começou a pegar fogo. Deu uma explosão”, disse ele ao Estadão.
Os dois mortos, que ficaram carbonizados, eram os ocupantes da aeronave. Um deles era o advogado Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, de Porto Alegre. Também estava na aeronave o piloto Gustavo Medeiros, que também não sobreviveu.
Cinco feridos estavam no ponto de ônibus - entre eles, uma idosa. Um motociclista que estava no local também se machucou - os seis tiveram ferimentos leves e foram atendidos. Eles não se queimaram porque o incêndio se alastrou pelo ônibus de forma lenta e foi extinto com menos de dez minutos. A avenida, uma das mais movimentadas da região, permanece interditada e há uma mancha de querosene no local.
A aeronave decolou do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte, por volta das 7h15, com destino à capital gaúcha. A queda ocorreu logo em seguida, quando o piloto tentava fazer um pouso forçado.
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