Pelo segundo ano consecutivo, a bicicleta ganhou o Desafio Intermodal em São Paulo. O ciclista Marcelo Florentino Soares, de 43 anos, completou no início da noite desta quinta-feira, 17, o percurso de 10 quilômetros em 17 minutos e 7 segundos - tempo menor que o do ciclista do ano passado, que foi de 20 minutos.
Em segundo lugar, chegou a moto, com o tempo de 22 minutos e 59 segundos. Em terceiro, outro ciclista, com tempo de 27 minutos. Uma hora depois de a prova ter começado, o carro ainda não havia cruzado a linha de chegada, no centro da capital paulista. Problemas na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) causaram lentidão na circulação e também provocaram o atraso de quem usava esse meio de transporte.
Em sua 10.ª edição, o Desafio Intermodal, promovido pelo Instituto CicloBR, visa a comparar o tempo de deslocamento entre os modais individuais (bicicleta, carro, moto) e os principais coletivos (ônibus, trem e metrô). Alguns participantes também fazem o trajeto a pé, de patins e até de skate. Na edição deste ano, a corredora Silvia Cruz completou o desafio em 51 minutos e 51 segundos.
O ponto de partida foi a Praça General Gentil Falcão, na altura do número 1.000 da Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, no Brooklin, zona sul da São Paulo. A largada aconteceu às 18 horas. A chegada foi na frente da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, região central.
O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, e o secretário de Saúde, Alexandre Padilha, participaram do desafio de bicicleta e seguiram lado a lado. Eles chegaram na frente da Prefeitura após 1 hora e 18 minutos.
"O mais importante é que, diferentemente do ano anterior, os motoristas de veículos particulares estão mais calmos, mais tranquilos. Este ano não reclamaram nem buzinaram para os ciclistas", disse Tatto. O secretário também avaliou que, neste ano, a disputa foi mais segura porque incluiu novos trechos de ciclovias.
Indicadores. Apesar de o tempo ser o principal indicador para avaliar o desempenho de um modal, o instituto CicloBR afirma também levar em conta os gastos com combustível e estacionamento, além da quantidade de poluição emitida. Em 2013, por exemplo, a moto chegou antes da bike mas esta foi considerada a mais eficiente.