SÃO PAULO - Dois anos após a criação da Controladoria-Geral do Município (CGM), a Prefeitura de São Paulo conseguiu garantir, por meio de investigações do órgão, a recuperação de R$ 270 milhões desviados dos cofres municipais, dos quais cerca de R$ 100 milhões já foram efetivamente devolvidos e reincorporados à receita.
Compõem esse valor cerca de R$ 190 milhões recuperados do esquema da máfia do ISS, dos quais R$ 45 milhões já estão no caixa da Prefeitura, e R$ 80 milhões advindos de auditorias feitas pela CGM em contratos nas áreas de saúde, trabalho, serviços, esporte, habitação, infraestrutura, cultura e comunicação, entre outras. Desse montante, R$ 56 milhões já foram reincorporados ao tesouro municipal. As demais devoluções estão em fase de execução.
Desde que foi criada, a CGM recebeu 766 denúncias, das quais 70 se transformaram em sindicâncias contra servidores municipais. Até agora, as sindicâncias deram origem a 18 inquéritos administrativos e a 13 demissões.
“Além do dinheiro recuperado, houve salto de 50% na arrecadação do fundo formado pelo ISS e Habite-se. Esse salto não se deve ao aumento da atividade econômica, mas ao trabalho dos fiscais da Secretaria de Finanças”, disse o prefeito Fernando Haddad.
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