Quem é a modelo apontada como namorada de olheiro do PCC?

Jackeline Moreira foi presa por tráfico de drogas e é suspeita de ter ficado com o celular de Kauê Coelho, que está foragido, para dificultar as investigações. Às autoridades, ela negou envolvimento com Coelho e com o crime

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Por Redação
Atualização:

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira, 16, a modelo Jackeline Moreira, de 28 anos, apontada como namorada de um suposto olheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a execução do delator da facção, Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado em novembro no Aeroporto de Guarulhos. Em seu depoimento à polícia, ela negou envolvimento com o crime e com o suposto olheiro.

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Jackeline foi localizada em uma casa em Itaquera, zona leste de São Paulo, e presa temporariamente por tráfico de drogas, com base em informações coletadas em quebra de sigilo telemático. Conforme a investigação da Polícia Civil, ela também teria ficado com o celular de Kauê Amaral Coelho, apontado como olheiro do PCC, para dificultar as investigações da polícia.

O aparelho foi apreendido nesta quinta, e a polícia vai tentar recuperar as informações que estavam contidas no telefone. Coelho está foragido. O Estadão não conseguiu localizar a defesa dele e de Jackeline.

Investigações apontam que Jackeline Moreira é suspeita de ajudar olheiro que trabalhou para o PCC na execução do Antônio Vinícius Gritzbach. Foto: Reprodução/Intagram/@jacke.moreiraa

“Ela não tem ligação direta com a execução. Está presa por tráfico de drogas e por favorecimento pessoal. Ela era uma das traficantes que vendiam e entregavam as drogas que ele (Kauê) mantinha no apartamento. Na casa dele, encontramos anotações que indicavam que ela participava da venda de drogas”, afirmou a diretora do Departamento Estadual de Proteção à Pessoa (DHPP) à frente das investigações, Ivalda Aleixo, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.

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No Instagram, Jackeline tem dez mil seguidores e se diz modelo, bacharel em Direito e empreendedora. Ela compartilha dicas para e-commerce e fotos e vídeos exibindo roupas de marcas do Brás, importante polo de comércio têxtil no centro de São Paulo. Também faz publicações viajando pelo Brasil e participando de festivais de música. Não há publicações com nenhum suposto namorado.

A diretora do DHPP afirma que as investigações apontaram que Coelho teria ido diretamente para a casa de Jackeline após sair do Aeroporto de Guarulhos, na noite em que Gritzbach foi assassinado. A Polícia Civil confirmou que foi um policial militar quem efetuou os disparos contra o delator, mas acredita que ele teria feito isso a mando de integrantes do PCC.

Segundo Ivalda, o olheiro teria ‘resetado’ o celular pessoal e deixado com a modelo, na intenção de confundir a investigação. “Ela fala que nem imaginava o que poderia ter acontecido e que só soube quando o viu na televisão”, disse, sobre o depoimento dado pela mulher após ser presa.

Foram apreendidos celulares e outros materiais com potencial para auxiliar nas investigações. Há ainda mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas contra Kauê e uma terceira pessoa, que não teve a identidade revelada.

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Este último seria alguém que também ajudou o possível olheiro após a morte de Gritzbach, além de atuar de forma próxima ao possível olheiro. “Eles (o foragido e Jackeline) também serviam como traficantes do Kauê”, disse Ivalda.

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