Vereador pede e Kassab paga torneio de truco

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Atualização:

Por Diego Zanchetta

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Nas gestões Celso Pitta (1997-2000) e Marta Suplicy (2001-2004), a maioria do governo na Câmara Municipal foi construída à base da cessão de cargos nas 31 subprefeituras. A benesse permitia que os vereadores montassem pequenos feudos em seus redutos eleitorais com o uso da máquina administrativa.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) costuma dizer que impediu o loteamento das 31 subprefeituras, parte delas chefiada hoje por coronéis da reserva da PM. Mas isso não quer dizer que a máquina deixou de ser usada em benefício dos parlamentares. Ontem, por exemplo, o prefeito liberou R$ 222 mil para um torneio de truco, pedido feito por emenda pelo vereador da base Juscelino Gadelha (PSDB).

O valor do truco é maior que o liberado para outras competições de esportes olímpicos como natação, tênis e vôlei, sem apoio de emendas políticas. Segundo o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, o dinheiro ao truco foi liberado principalmente pela abrangência da modalidade, que para ele se insere como "jogos mentais", e pelo apoio dado ao vereador Gadelha.

Além de Gadelha (foto acima), os vereadores Aurélio Miguel (PR) e Dalton Silvano (PSDB) também obtiveram dinheiro este ano da Secretaria de Esportes para fazerem eventos que promovem seus nomes. Não por acaso, Kassab conseguiu nos últimos seis meses maioria folgada na Câmara para votar projetos como a concessão urbanística da Nova Luz e a possibilidade de fazer o mesmo em outras regiões da capital.

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No Esporte ou nas subprefeituras, a receita utilizada pelo Executivo para formar a maioria no Legislativo paulistano parece não ser muito diferente.

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