São Paulo registra primeiro caso de febre amarela

Segundo assessoria do hospital São Luiz, paciente diagnosticada está internada desde o último dia 6

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Por Fabiana Marchezi, Ligia Formenti e de O Estado de S. Paulo

O Hospital São Luís registrou, nesta sexta-feira, 11, o primeiro caso de febre amarela no Estado de São Paulo. De acordo com a assessoria do hospital, foi diagnosticado um caso de febre amarela numa paciente que se encontra internada na unidade Morumbi do Hospital São Luiz desde o último dia 6. Com este, o número de casos confirmados de febre amarela no País subiu para dois, segundo informou em nota oficial o Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 11.   Febre amarela pode ter matado aposentada em Goiás Mosquitos analisados em Brasília não têm vírus da febre Macaco morto em Brasília não tinha febre amarela   Segundo o boletim médico do São Luiz, a paciente, que não quis ser identificada, apresentava sintomas gerais de febre, náuseas, vômitos e mal-estar. Após ser internada na unidade passou por exames clínicos, laboratoriais e de imagem que afastaram outras hipóteses de diagnóstico.   "Ela recebe os devidos cuidados e se encontra clinicamente estável e com melhora gradativa clínica e laboratorial". Não há previsão de alta.   Ainda segundo o boletim, os órgãos públicos já foram notificados.   Entre os dias 27 de dezembro de 2007 e 3 de janeiro de 2008, a paciente esteve em viagem pelos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, retornando à capital no último dia 4.   'Não há risco'   A secretaria municipal de Saúde divulgou, no final da tarde, um nota oficial dizendo que apesar de uma "moradora da zona sul da capital" ter contraído febre amarela silvestre, durante "viagem de ecoturismo" que fez ao Estado do Mato Grosso do Sul, "não há risco de transmissão de febre amarela na cidade de São Paulo e nem necessidade de vacinação dos moradores da zona sul".    "O caso é importado, contraído fora da cidade de São Paulo, foi confirmado nesta sexta-feira, 11 de janeiro. A paciente buscou atendimento médico na cidade de São Paulo no último dia 6 de janeiro. Não há risco de transmissão de febre amarela na cidade de São Paulo e nem necessidade de vacinação dos moradores da zona sul. Todas as medidas preventivas já foram executadas, tais como eliminação de possíveis criadouros de larvas do mosquito transmissor da doença e busca ativa de pessoas com sintomas de febre amarela. Também está sendo feita a nebulização (aplicação de inseticida) na região", diz a nota oficial.   A secretaria informa que as ações estão sendo adotadas num raio de 600 metros do local de moradia da paciente e atendem a recomendação técnica do Ministério da Saúde. "A Secretaria considera que se trata de caso isolado de febre amarela silvestre e não altera as recomendações dadas pelas autoridades sanitárias. Para efeito de estatística epidemiológica, o caso pertence ao Mato Grosso do Sul, já que as investigações concluíram que a transmissão da doença ocorreu naquele Estado. Ainda na nota é destacado que a vacinação contra febre amarela é indicada apenas para as pessoas que forem viajar para áreas consideradas de risco de transmissão da doença. A imunização deve ser feita 10 dias antes da viagem e o período de proteção é de 10 anos.   Brasília   Na quinta-feira, 10, Ministério confirmou, com base em resultados de exames laboratoriais, o caso de febre amarela no administrador de empresas Graco Abubakir, de 38 anos. Graco morreu em um hospital de Brasília na segunda-feira, 7.   A hipótese do Ministério da Saúde é a de que Graco tenha sido contaminado quando esteve em cachoeiras do município goiano de Pirenópolis, a 150 quilômetros de Brasília, nos feriados de final do ano. A família da Graco, porém, não afasta a possibilidade de que ele tenha sido contaminado em Brasília, pois antes mesmo de viajar a Pirenópolis, já se queixava de cansaço e dores no corpo, sintomas da doença.   (Colaborou Elizabeth Lopes, da Agência Estado)

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