
Há algum tempo, especialmente com o incentivo do plano diretor, as fachadas ativas transformaram os térreos dos condomínios em espaços de convivência para condôminos e não condôminos também. Fora os grandes clássicos como o Copan e o Conjunto Nacional, existem muitos outros endereços que mesclam lojas, restaurantes e serviços e que vão desenhando novas formas de ocupação para a cidade.
Estes espaços deixaram de ser alternativa para uma comprinha rápida a caminho de casa e ganharam personalidade e hoje fazem parte da preferência de muitos paulistanos. Livrarias incríveis, restaurantes descolados e até um dos mais tradicionais clube de jazz de NY, o Blue Note, escolheram o térreo de condomínios como endereço.
Mas a onda de ocupação dos prédios subiu o elevador e o paulistano descobriu há pouco o amor pelas coberturas. Durante anos, o Terraço Itália reinou absoluto quando o assunto era um jantar diferente com uma vista romântica. Sim, nós também temos vista, e ela caiu nas graças do paulistanos! Muitos rooftops foram inaugurados, outros revitalizados e colocaram o paulistano nas alturas. Para baladas, no topo de condomínios, hotéis e museus, bares misturam iluminação caprichada, música, drinks e a sensação de ter São Paulo a seus pés.
Os, mais calmos, Café do Farol e o Esther Rooftop têm uma vista igualmente apaixonante do centro da cidade e ainda nos convidam a conhecer os prédios icônicos que os abrigam. Uma aula de arquitetura e de história, além de ser um passeio delicioso. Estive recentemente nos dois com a minha filha adolescente e o passeio mudou a imagem que ela tinha da cidade onde nasceu e viveu a vida toda. A Praça da República vista de cima é muito incrível, assim como a sensação de estar mais alto que o Martinelli e poder olhar sem pressa toda aquela beleza que inaugurou por aqui o conceito de arranha-céu.
A onda de criar espaços de convivência nos prédios aproxima o paulistano da essência da cidade e reforça os vínculos de amor e orgulho de fazer parte da cidade mais verticalizada no país.