BRASÍLIA - Na semana marcada pela maior crise nas Forças Armadas brasileiras desde 1977, o presidente Jair Bolsonaro determinou que os militares tenham maior envolvimento na aplicação das vacinas contra a covid-19 no Brasil. "Por determinação do presidente, que está pessoalmente empenhado, teremos apoio das Forças Armadas, seja na logística de distribuição, no corpo técnico da Saúde, ajudando Estados e municípios a vacinar a população brasileira", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, neste sábado, 3 . Segundo o médico, o assunto foi conversado entre ele, Bolsonaro e o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
O presidente já havia comentado brevemente sobre o assunto durante uma transmissão ao vivo que fez nas redes sociais neste sábado. "Estão à disposição para começar também a vacinar. Praticamente todos os quartéis do Brasil têm essa condição", disse Bolsonaro ao lado do novo ministro da Defesa.
Atualmente, os militares já prestam auxílio na campanha de vacinação contra o coronavírus. Uma notícia publicada pelo governo em fevereiro, por exemplo, destaca que os Comandos Conjuntos das Forças Armadas "permanecem apoiando" o transporte de equipes de saúde e a distribuição de vacinas contra a covid nas comunidades indígenas.
Ao falar sobre o assunto, Queiroga reconheceu que essa ajuda já existe. "Participação das Forças Armadas já existe nos programas de imunização, é só ampliar, logística, parte operacional", disse o ministro.
O Estadão/Broadcast procurou o Ministério da Defesa para obter mais detalhes, mas não houve resposta até a publicação deste texto.
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