PUBLICIDADE

Governo do Pará proíbe embarcações com passageiros do Amazonas 

Helder Barbalho diz que medida é preventiva e objetiva proteger a população. Estado vizinho vive nova alta de casos e mortes, em meio à descoberta de uma linhagem do vírus

PUBLICIDADE

Por Luiz Carlos Pavão
Atualização:

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), assinou decreto que proíbe embarcações com passageiros do Amazonas a entrarem no Estado a partir desta quinta-feira, 14. Em vídeo divulgado, o governador classificou a medida como preventiva e justificou como uma forma de proteger os cidadãos paraenses de um aumento do número de casos e hospitalizações.

"Queria informar que nós estamos publicando um decreto estadual no dia de amanhã proibindo a circulação de embarcações com passageiros vindos do Amazonas. Essa é uma medida preventiva, fundamental para que possamos evitar a ampliação do contágio dentro do Estado do Pará e, consequentemente, os problemas de saúde em face da pandemia do novo coronavírus”, disse Barbalho.

Servidores realizam sepultamento no cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus Foto: AP Photo/Edmar Barros

PUBLICIDADE

De acordo com o governador, haverá também monitoramento da Polícia Militar do Estado de embarcações e aeronaves para que se possa cumprir a medida preventiva de restrição.

O anúncio vem no momento em que o número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% em um mês em meio à explosão do número de infectados pelo coronavírus no Amazonas. Por causa do aumento dos casos de covid-19, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou estado de emergência em Manaus pelo período de 180 dias para conter o avanço da pandemia na capital amazonense.

O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) havia confirmado nesta terça-feira, 12, a identificação de uma nova linhagem do vírus da covid-19 com origem no Amazonas. A nova cepa brasileira é recente, provavelmente surgida entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. 

Denominada provisoriamente de B.1.1.28 (K417N/E484K/N501Y), a variante do SARS-CoV-2 é a que foi identificada recentemente pelo Japão em quatro viajantes (um homem e uma mulher adultos e duas crianças) que retornaram da região amazônica brasileira em 2 de janeiro. O pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca disse acreditar que a mutação não seja a única responsável pela aceleração de casos do novo coronavírus no Estado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.