O Ministério da Saúde japonês confirmou no sábado que três pessoas procedentes dos Estados Unidos que tinham chegado ao aeroporto de Tóquio-Narita estavam infectadas com o vírus da gripe suína, o que os transforma nos primeiros casos no Japão.
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Os três são japoneses (um professor de ensino médio e dois alunos) que vivem na cidade de Osaka, centro do país, e que tinham retornado de Oakwille (Canadá) - após uma viagem de estudos que começaram no dia 24 de abril -, chegando ao principal aeroporto de Tóquio na madrugada da sexta-feira para sábado, hora local.
A primeira inspeção de quarentena, como já é habitual nos voos procedentes da América do Norte, foi realizada no avião.
Os três japoneses, que mostravam sintomas de gripe, foram levados para as dependências da Cruz Vermelha no aeroporto, onde os testes feitos deram positivo para gripe do tipo AH1N1, informou a agência local Kyodo.
O ministro da Saúde japonês, Yoichi Masuzoe, compareceu na televisão para informar destes primeiros casos da gripe suína e pediu calma ao povo japonês. Segundo a agência local Kyodo, o estado dos três pacientes é estável.
O Ministério da Saúde reconheceu que um dos alunos que posteriormente deu positivo para gripe suína, foi descartado no primeiro controle ao não mostrar sintomas gripais, mas foi detido no terminal após algumas perguntas sobre seu estado.
O primeiro-ministro, Taro Aso, disse em comunicado que ao se detectar o vírus em três pessoas antes de ultrapassarem os controles aeroportuários não foram impostas medidas de emergência antecipada, embora o órgão se prepare para uma emergência nacional, segundo a Kyodo.
No entanto, o governo japonês ainda não anunciou medidas para responder a estes primeiros casos da nova gripe no Japão, mas já impôs a suspensão do visto automático aos mexicanos após os primeiros casos naquele país.
O ministro da Saúde disse também neste sábado que considera questão de tempo que surja um foco da nova gripe no país, já que muitos dos passageiros sentados perto do adolescente que evitou o primeiro controle seguiram sua viagem.
O avião da companhia aérea Northwest levava 410 pessoas, entre passageiros e tripulação, dos quais 49 permanecerão 10 dias em um hotel para ver como seu quadro vai evoluir, segundo informou Masuzoe.
Do grupo de 49 pessoas, das que não se revelaram suas nacionalidades, seis foram transferidos a um hospital para realizar provas mais precisas.