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Remédios de câncer não são mais oferecidos no Reino Unido

Sistema Saúde britânico argumenta que remédios são muito caros, apesar de prolongarem a vida de pacientes

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Por Redação
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O Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS) causou polêmica nesta quinta-feira, 7, ao anunciar que deixará de disponibilizar para as pessoas com câncer de rim quatro remédios que podem prolongar suas vidas, pois argumenta que eles são caros demais. Grupos de pacientes que têm a doença afirmaram que a decisão, tomada pelo Instituto Nacional de Saúde e Excelência Clínica (Nice, na sigla em inglês) e que será aplicada na Inglaterra e no País de Gales, condenará muitas pessoas à "morte antecipada". Os quatro remédios são Sutent, Avastin, Nexavar e Torisel e podem prolongar em até dois anos a vida dos pacientes que têm câncer de rim, embora não curem a doença caso ela esteja em estado avançado. O Nice afirma que os medicamentos representam uma despesa excessiva para o NHS, calculada em 24 mil libras (aproximadamente 30,2 mil euros) ao ano por paciente, e não oferecem uma boa relação qualidade-preço. "Apesar de estes medicamentos serem clinicamente eficazes, infelizmente em termos de custos não podem ser assumidos pelo NHS", disse o professor Peter Littlejohns, diretor do Nice. Pat Hanlon, da organização Kidney Cancer UK, que se dedica à luta contra o câncer de rim, afirmou que a decisão terá "um impacto devastador nos pacientes". Para o professor John Wagstaff, do Instituto do Câncer do Sul do País de Gales, "esta decisão significa que o Reino Unido terá os piores índices de sobrevivência (para este tipo de câncer) na Europa". James Whale, um conhecido apresentador de rádio britânico que contraiu câncer no rim em 2000, disse que remédios como o Sutent proporcionaram "esperança para o futuro" a muitas famílias e pediu ao Nice para mudar a decisão. O sistema de saúde britânica diagnostica câncer renal em mais de sete mil pessoas a cada ano, das quais 1,7 mil chegam ao hospital com a doença em estado avançado.

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