Incêndios levam Mato Grosso do Sul a decretar situação de emergência

Ao menos 79 municípios e 1,4 milhão de hectares foram atingidos; pantanal é o principal bioma ameaçado

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O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou nesta segunda-feira, 14, situação de emergência em razão dos incêndios no Estado. Ao menos 79 municípios sul-mato-grossenses e 1,4 milhão de hectares foram atingidos, incluindo áreas de proteção ambiental e de preservação permanente, de acordo com a publicação. O pantanal é o principal bioma ameaçado.

Incêndios têm ameaçado o pantanal do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul Foto: Dida Sampaio/Estadão

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"A situação de emergência vai durar por 90 dias. Isso fortalece ações conjuntas das Defesas Civil estadual e federal. Planos de trabalho vão nortear as ações de combate aos incêndios florestais em todos os 79 municípios, incluindo questões financeiras, de contratação de brigadistas, aluguel de aeronaves e até de custear equipes de outros estados que virão para trabalhar. É uma ação conjunta”, disse Azambuja ao Estadão.

O decreto ainda faz menção ao aumento de atendimentos em unidades de saúde por doenças relacionadas à qualidade do ar, "com registro de elevação substancial dos casos". A decisão foi tomada após a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MS) emitir um parecer técnico favorável à declaração de situação de emergência.

Com a determinação, ficam dispensados de licitação contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre e de prestação de serviços e de obras relacionadas à operação, desde que possam ser concluídas em prazo máximo de 90 dias.

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Além disso, a publicação autoriza a atuação de voluntários nas ações de resposta ao desastre e na realização de campanhas para angariar e distribuir doações a atingidos, mediante coordenação da Defesa Civil. 

Os incêndios estão destruindo a vegetação nativa no pantanal, vitimando também a fauna. Como mostrou o Estadão, o número de focos de incêndio é o maior no Mato Grosso do Sul desde 1998, quando o o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passou a monitorar as queimadas. A situação também é grave no Mato Grosso e em regiões amazônicas.

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