O presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 28, voltou a criticar ONGs ambientalistas em sua transmissão semanal no Facebook. Comentando a prisão preventiva dos quatro brigadistas da organização Brigadas de Alter do Chão do Pará, acusados de serem os responsáveis por queimadas no mês de setembro, o presidente reforçou as acusações e desdenhou dos jovens, por supostamente terem estilo de vida de luxo. Bolsonaro disse que viu fotos das casas dos jovens, mas não tinha certeza da veracidade delas.
“Logicamente o mundo não está vendo o que eu estou falando aqui, mas não doem dinheiro para ONG. ONGs não estão lá [na Amazônia] para preservar ambiente, mas em causa própria” afirmou Bolsonaro.
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Pouco mais de uma hora antes da transmissão, nesta quinta-feira, o juiz Alexandre Rizzi soltou os quatro. Cerca de 180 entidades ambientalistas e de direitos humanos criticaram a prisão dos brigadistas por suspeita de ligação com incêndios florestais no Pará. A WWF – organização que, segundo a Polícia Civil, teria sido vítima de desvio de verba pelo grupo suspeito – condenou “a falta de clareza” sobre a investigação. Disse ainda repudiar “ataques a seus parceiros e as mentiras envolvendo o seu nome”.
Excludente de ilicitude
O presidente também voltou a defender o excludente de ilicitude para militares em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ao afirmar que o projeto de lei não tem por trás uma intenção de contenção de manifestações “na base da bala”.
“Se um governador entende que tem que mandar uma Força [de Segurança Nacional] para lá, eles estão indo num ambiente onde praticamente o terrorismo está instalado, pessoal queima ônibus, atenta contra a vida de inocentes, depreda patrimônio público e privado, taca fogo em ônibus” disse o presidente.