UE promete 7,2 bi de euros até 2012 a países em desenvolvimento

Verba fará parte de fundo internacional para ajudar na adaptação e no combate às mudanças climáticas.

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Por Márcia Bizzotto
Atualização:

A União Europeia oferecerá uma ajuda de 7,2 bilhões de euros durante os próximos três anos aos países em desenvolvimento para a adoção de medidas urgentes de adaptação e combate às mudanças climáticas.     

 

 

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A contribuição da UE, de 2,4 bilhões de euros por ano, deverá fazer parte de um "fundo público internacional de urgência". Esse fundo internacional, de acordo com a ideia europeia, destinaria cerca de US$ 30 bilhões até 2012 (US$ 10 bilhões por ano) para financiar as primeiras medidas de adaptação a secas e ao aumento do nível do mar, de promoção de energias renováveis e de combate ao desmatamento nos países pobres. "Essa cifra é importante para um acordo (na conferência sobre o clima) em Copenhague e pedimos aos outros países desenvolvidos que também contribuam", disse em conferência de imprensa o primeiro-ministro sueco e presidente de turno da UE, Fredrik Reinfeldt. Negociações O valor foi decidido nesta sexta-feira, ao final de uma reunião de governantes do bloco em Bruxelas, depois de dois dias de intensas negociações. Para contentar os membros do Leste, que se negam a financiar outros países quando consideram que eles próprios ainda precisam de ajuda para reduzir suas emissões, a UE decidiu que a contribuição de cada país ao fundo seria "voluntária". Ainda assim, Reinfeldt conseguiu convencer todos os membros do bloco a participar e superou os 6 bilhões de euros que pretendia arrecadar ao início da reunião. Grã-Bretanha e França serão os maiores doadores do fundo, cada um com um total de 1,7 bilhão de euros nos próximos três anos, segundo informou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. O mesmo valor foi anunciado pela chanceler alemã, Angela Merkel, enquanto Suécia se comprometeu com um total de 750 milhões de euros, e a Espanha, com 300 milhões. Emissões Segundo Brown, 20% do total desse fundo deverá ser destinado a medidas de combate ao desmatamento nos países em desenvolvimento. Os governantes europeus também reiteraram nesta cúpula sua oferta de aumentar de 20% para 30% sua meta de redução de emissões, com a condição de que outros países desenvolvidos e emergentes façam "um esforço similar". De acordo com o presidente de turno europeu, as reuniões em Copenhague até o momento não indicam o cumprimento dessa condição. "A UE é responsável por apenas 13% das emissões globais, por isso não pode ser a única a se comprometer a cortes. Temos um problema global e precisamos de uma resposta global", justificou Reinfeldt. Ainda assim, Grã-Bretanha e França anunciaram que reduzirão suas emissões em 30%, independentemente do resto do mundo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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