Não estou falando de pedir permissão (nós ainda não descemos para esse nível de imaturidade e nem voltamos para 1920). Estou falando de estar com alguém que seja seu parceiro de vida e realizações.
O cara que apoia suas viagens é fácil de detectar. Ele não é egoísta, não é possessivo e nem machista. É maduro, mas acha que pode aprender ainda mais. Entende os seus objetivos e melhor ainda - te ajuda a realizar todos eles. Acha que juntos vocês podem crescer, mas respeita o seu espaço. Ele veio para descomplicar a sua vida e não o contrário.
Quer exemplos? Vou te contar.
Uma amiga acabou de tirar férias de um mês e foi fazer uma viagem com as amigas, sem o namorado. Ele queria estar junto? Sim. Mas não dava, não deu e está tudo certo. Ele ficou feliz por ela, ela ficou feliz porque ele ficou feliz por ela e assim a parceria vence.
Uma outra amiga está indo para Londres fazer o intercâmbio que sempre sonhou. Então ela e o namorado estão planejando como será a logística dos dois. Afinal, me fala, como impedir alguém que você ama de realizar um sonho?
É até cafona falar essas coisas de tão óbvio que é. Mas, acredite, em pleno 2016 continuo recebendo mensagens perguntando por que eu viajo sozinha se tenho namorado. A resposta é simples: nem sempre a disponibilidade do Pedro é a mesma que a minha. Quando dá viajamos juntos, quando não dá, eu viajo sozinha.
Nós nunca precisamos colocar regras, jurar fidelidade ou pedir para ligar todas as noites avisando onde está. Pedro é meu parceiro, quer me ver feliz, me incentiva e me espera quando preciso ir até ali e já volto. Eu faço o mesmo quando necessário e, se fosse diferente disso, esse relacionamento nem existiria.
Amar não é suficiente para um casal dar certo. Fazer tudo junto o tempo todo, tampouco. E o cara que apoia suas viagens sabe disso. Ninguém precisa deixar os sonhos em comum de lado para viver o próprio sonho. Tudo é conversado e, quase tudo, ajustável e compreensível.
Nesta semana embarco sozinha para uma viagem de duas semanas pelo deserto do Atacama e Salar do Uyuni. Pedro tentou ir comigo, mas terá um compromisso de trabalho. No entanto, já me emprestou sua mochila que é maior que a minha, o carregador de celular e deixou que eu levasse sua blusa quentinha em caso de frio e saudades. E sabe o que vai acontecer quando eu voltar? Ele vai me receber com um abraço apertado, vai querer ouvir minhas histórias e eu vou contar tudo num jantar com uma taça de vinho - ele, feliz por mim. E eu, mais apaixonada ainda por alguém que apoia minhas viagens.
Amanda viaja e fala tudo sobre o assunto. Acompanhe através do Instagram em @amandanoventa.
Posts relacionados:
Que tal parar de esperar um amor e começar a ser feliz na vida?
Para viver um grande amor na próxima viagem
Fotógrafo viajou pelo mundo para fotografar pessoas se beijando