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É mês de forró, quadrilha e fogueira

As festas juninas tomam conta da agenda. Campina Grande, na Paraíba, faz seu auto-intitulado maior São João do mundo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mais uma vez, a briga promete ser boa. De um lado, está Campina Grande, na Paraíba, que faz o auto-intitulado maior São João do mundo. De outro, Caruaru, no agreste pernambucano, que realiza loucuras como produzir os maiores quitutes do planeta. O cuscuz gigante, por exemplo, feito numa cuscuzeira de 3,20 metros de altura e que leva mais de 500 quilos de flocos de milho e 200 litros de leite, está inscrito no Guinness Book, o livro dos recordes. Rivalidades à parte, as duas cidades nordestinas prometem festas juninas para lá de animadas - com direito a triângulos e zabumbas. Cada evento deve reunir mais de 1 milhão de visitantes durante todo o mês. Em Campina Grande, o principal ponto de festança é o Parque do Povo, espaço que, durante a festa, oferece 300 barracas de comidas típicas e recebe mais de 200 quadrilhas, além de muito forró, tocado por artistas regionais e por grandes nomes da música brasileira, como Dominguinhos e Fagner. Alceu Valença, Zé Ramalho, Chico César e o grupo Mestre Ambrósio também têm participação confirmada nos festejos campinenses. Em homenagem a Santo Antônio - tido como casamenteiro e comemorado no dia 13 - ocorrerá, no dia 15, na Pirâmide do Parque do Povo, um casamento coletivo, quando 30 uniões serão oficializadas. A cerimônia terá até bolo de casamento, oferecido pela Coordenadoria de Turismo local. A delícia será servida às centenas de "convidados". Réplicas - Com uma área de mais de 42 mil metros quadrados, o Parque do Povo oferece atrações que vão além da temática junina. Quem não tiver tempo de passear pelo município pode circular pela cidade cenográfica, que traz réplicas de algumas das principais construções de Campina Grande. Ali, estão representadas a Catedral de Nossa Senhora da Conceição, o Cassino Eldorado - que funcionou entre as décadas de 30 e 50 - e o Museu Histórico e Geográfico. Ainda na área do parque, também vale visitar a cenográfica Vila Nova da Rainha, que recria o núcleo que deu origem à cidade. São 15 casinhas, uma capela e um coreto. Lá, os turistas podem comprar o rico artesanato local, feito à base de madeira, sisal, barro, couro e tecido, entre outros elementos. O Sítio São João, que homenageia a cultura e as tradições do homem do interior da Paraíba, completa a estrutura do parque construído em 1986. Há a casa do sitiante, erguida com taipa ou pau-a-pique, com mobiliário e outros apetrechos; a bodega, onde se guardavam mantimentos típicos do sertão, como carne-seca e peixe seco; o depósito de mangaio, para se guardar as ferramentas de trabalho; a capelinha e a tradicional casa de farinha, responsável por um importante ciclo da economia de Campina Grande. É hora de voltar para o epicentro da festança, para o forró pé-de-serra, para as legítimas manifestações culturais e culinárias nordestinas, que têm o ponto alto no dia 23, véspera de São João. Campina Grande será tomada pelas fogueiras juninas - a do parque tem 20 metros de altura - e tanto o forródromo como as três ilhas de forró (espaços que também recebem as apresentações musicais) terão shows simultaneamente. Dali, a multidão só sairá quando o dia raiar.

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