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Um paraíso chamado Benguerra, Moçambique

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Por Mari Campos

Com o sol a pino e os pés descalços enfiados na areia, vi a silhueta dourada de Benguerra pela primeira vez, ao longe, recém-desembarcada no diminuto e sossegado aeroporto de Vilankulos. O voo a partir de Joanesburgo, na África do Sul, é curtinho e já vai entregando parte da beleza do idílico arquipélago de Bazaruto - e sua surreal dança das marés - um bom tempo antes de pousarmos.

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Mas a cor da água, um turquesa intenso, ainda mais forte e brilhante pela incidência inclemente do sol, me fez piscar ali várias vezes até realmente acreditar: eu finalmente chegava ao paraíso chamado Benguerra, em Moçambique.

Acredite em mim: tudo que você ler ou ouvir sobre a ilha de Benguerra ou seu arquipélago de Bazaruto será pouco, muito pouco, perto da surra de beleza natural que nos acolhe por ali da chegada à partida.

 Foto: Mari Campos

Águas turquesa cristalina, areias branquinhas que ficam douradas aos finais de tarde, dunas, muita vegetação nativa, lagoas, golfinhos, uma surreal vida marinha, manguezais, céus magistralmente estrelados são alguns dos atrativos desta ilha moçambicana idílica que ainda por cima nos acolhe em língua portuguesa.

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Mas tem mais: é em uma das extremidades de Benguerra que está encravado o magnífico - sem exageros! - Kisawa Sanctuary, não por acaso repetidamente premiado como um dos melhores hotéis do mundo em distintos rankings.

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 Foto: Mari Campos

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O arrebatador Kisawa Sanctuary

São 30 minutos em lancha rápida ou, melhor ainda, meros sete minutos em helicóptero separando Vilankulos do Kisawa Sanctuary. Ainda com jeito de novinho - o hotel foi inaugurado em 2021 - é impossível não se apaixonar à primeira vista pelos 300 hectares que compõem o Kisawa. 

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Todo o hotel se camufla completamente na natureza selvagem da ilha, entre dunas e muita vegetação, fazendo com só enxerguemos seus espaços públicos e vilas quando já estamos bem pertinho.  Com design biofílico, a construção utilizou materiais naturais e locais e o precioso trabalho de artesãos locais (e, para garantir total sustentabilidade e mínimo impacto na terra, até impressões 3D!).

 Foto: Mari Campos

Luxuoso nas acomodações, impecável no serviço mas absolutamente informal e relaxado - a maioria dos hóspedes está geralmente de chinelo ou descalço em todo canto -, o Kisawa Sanctuary opera com diárias all inclusive. 

Com três quilômetros quadrados de área, tem hoje apenas oito acomodações de um, dois ou três dormitórios cada, todas no formato de imensas vilas privativas, bastante isoladas umas das outras, garantindo total privacidade.  Tudo tão seguro que as portas costumam ficar destrancadas.

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Cada acomodação - com piscina privativa e acesso direto à praia deserta - tem mordomo 100% dedicado, um automóvel Moke elétrico à disposição, uma adega de respeito diariamente reabastecida, serviço de lavanderia ilimitado, tudo incluído. 

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Café da manhã, almoços, jantares, snacks, happy hours são servidos em distintos locais, sejam restaurantes, bares, cantos da ilha ou na própria vila, à escolha do hóspede.

 Foto: Mari Campos

Focado em turismo sustentável e regenerativo, o Kisawa trata toda a água, tem impressionantes hortas de permacultura, a decoração fica sempre a cargo de artesãos regionais, mais de 90% do staff é local e pequenas gazelas zanzam de lá pra cá entre a vegetação da propriedade. 

O resort tem ainda um incrível spa (o Natural Wellness Center, NWC), academia, lojinha, distintos esportes náuticos à disposição. Simplesmente inesquecível. 

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 Foto: Mari Campos

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Os encantos de Benguerra, Moçambique

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Como um oásis quase intocado, Benguerra, parte do arquipélago de Bazaruto, Moçambique, ainda é um dos segredos mais bem guardados da costa africana. Com apenas quatro hotéis - três deles focados no mercado de luxo - a ilha ainda se mantém impressionantemente selvagem na natureza e autêntica sócio-culturalmente. 

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Fora dos resorts, o que encontramos todo dia na ilha (a segunda maior e a mais famosa do arquipélago) é natureza muito exuberante e diminutos vilarejos de casinhas muito simples. Há uma escola, um hospital, e a vida da população em geral é bastante simples.

 Foto: Mari Campos

As praias públicas felizmente não têm estruturas de grandes barracas nem profusões de cadeiras e guarda-sóis. Pelo contrário: são naturalmente semi-desertas, com discretos pequenos negócios nos arredores vendendo bebidas e comidas - destaque obviamente para os peixes frescos grelhados sobre carvão.

Em Benguerra o tempo parece desacelerar desde a nossa chegada. Os nativos têm fala mais calma e pausada, horários são mais flexíveis.

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As praias são imaculadas (eleitas "as mais bonitas do mundo" pela Conde Nast Traveller), os flamingos cor-de-rosa são abundantes,há densas matas repletas de palmeiras e cajueiros, as dunas de areia altíssima terminam em lagoas de água doce, os recifes de corais são impressionantes e a fauna marinha, uma das minhas maiores surpresas, é nada menos que exuberante.

 

Em Benguerra e outros cantos do arquipélago de Bazaruto (embarcar em pelo menos um bom passeio de barco é necessário) nadei entre arraias, tartarugas e uma infinidade de cardumes de peixes tropicais (alguns que nunca tinha visto antes!). E vi também muitos golfinhos.

Neste arrebatador mosaico de ecossistemas há aventura de sobra - snorkeling, mergulho, trilhas, dunas -, mas quase tudo ali nos traz uma indefectível serenidade, com silêncio constante. Benguerra foi feita também para ser constantemente contemplada, com o vai e vem das ondas, o farfalhar das árvores, o chiado dos barquinhos deslizando ao longe e o canto dos pássaros criando a trilha sonora perfeita. 

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 Foto: Mari Campos

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Como chegar

South African Airways conecta o Brasil a Joanesburgo e à Cidade do Cabo, na África do Sul, com distintos voos direto ao longo da semana. Das duas cidades, basta em voo curtinho com a Airlink, que pousa diretamente em Vilankulos, um aeroporto tranquilo e descomplicado, mesmo em tempos turbulentos em Moçambique.

Do aeroporto, são 30 minutos em barco (com embarque e desembarque molhados, vá preparado) ou 8 minutos de um espetacular voo em helicóptero até chegar diretamente ao Kisawa Sanctuary.

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Quando visitar

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Convém evitar o período mais chuvoso, entre dezembro e abril, quando fortes ciclones podem atingir o arquipélago (o último deles, em 2024, destruiu boa parte da infra-estrutura hoteleira da ilha). 

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Dica extra

O Kisawa Sanctuary tem wifi excelente em toda a propriedade - mas vale chegar à Moçambique com um chip de celular ativado para garantir que sempre tenha acesso à internet, inclusive no aeroporto. Há anos utilizo o chip para viagens internacionais da O Meu Chip (que, aliás, funciona muito bem em diversos países do mundo todo). Há sempre pelo menos 15% de desconto na compra de qualquer chip físico ou eSIM NESSE LINK com o cupom MARICAMPOS.

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