TAM admite interesse pelo mercado argentino

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Por Agencia Estado
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O presidente da companhia aérea TAM, Rolim Amaro, admitiu hoje seu interesse em operar no mercado aéreo argentino. "Não acho arriscado o mercado vizinho; a Argentina tem longa tradição de respeito à iniciativa privada", declarou Rolim. A TAM começou na sexta-feira a transportar passageiros da Aerolineas Argentinas que compraram bilhetes até o dia 6. A Aerolineas cancelou suas operações em sete rotas internacionais, incluindo São Paulo e Rio, por causa de sua difícil situação financeira. Para operar na Argentina, as empresas brasileiras precisam de aprovação do governo daquele país. Rolim sinalizou que a TAM está preparada para ocupar a vaga deixada pela Aerolineas. "Meu avô sempre dizia: quando o mercado é comprador, temos que ser vendedores", brincou. O presidente da TAM acredita que a difícil situação das companhias aéreas da Argentina é um alerta para o Brasil. Segundo ele, as companhias nacionais têm alto custo de operação por causa da carga tributária e do câmbio elevado e precisam de "mais liberd ade" para operar. Rolim mostrou-se descontente com o projeto de lei da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que tramita no Congresso, principalmente no que se refere à concessão das linhas aéreas. Empresários e executivos do setor reclamam que a Anac mantém nas mãos do governo a possibilidade de controlar a atuação das companhias. "É um projeto retrógrado", queixa-se Rolim.O comandante mantém a previsão de que as fusões serão uma saída para as empresas nacionais. "No futuro, haverá uma só grande empresa no Brasil", disse. Apagão - Para o comandante, as companhias têm seu crescimento limitado também porque o País não investe na infra-estrutura de transportes desde os anos 70. "Podem escrever: vai haver um ´apagão´ no sistema aeroportuário brasileiro entre 2003 e 2004", disse, acrescentando que a crise só não chega antes porque a economia deve crescer menos em razão da crise de energia. Para o comandante, o governo não tem investido na capacitação dos aeroportos, principalmente na estrutura das pistas. Segundo Rolim, o tempo de espera dos aviões para pousos e decolagens deve aumentar cada vez mais, principalmente em São Paulo. "O Aeroporto de Guarulhos, por exemplo, precisa urgentemente de uma terceira pista", declarou. Rolim reclamou também das dificuldades de acesso dos passageiros ao sempre lotado Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que, segundo ele, carece de estacionamentos.

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