A Varig negou hoje a possibilidade de romper um acordo de compartilhamento de linhas (code share) realizado com a Transbrasil. Em abril, as duas empresas anunciaram um acerto para a operação das rotas da ponte-aérea Rio-São Paulo e de Brasil-Portugal. Com isso, a Varig assumiu 12 freqüências que a Transbrasil tem permissão para operar no trecho Rio e São Paulo e que estavam paradas. O acerto é válido até abril do ano que vem. A dífícil situação financeira da Transbrasil provocou rumores de quebra de contratos, pois a empresa tem dívidas de cerca de R$ 800 milhões e e teve sua frota reduzida em 30% este ano. Em março, a frota da empresa era de 16 aeronaves. Atualmente, a Transbrasil opera com 12, já que um dos aviões foi devolvido à fabricante e os outros três estão parados para manutenção. Na sexta-feira, uma ação judicial foi impetrada pela General Eletric Capital Corporation pedindo a falência da Transbrasil por causa de uma dívida de US$ 2,7 milhões. A GE quer que a companhia aérea salde em 24 horas o débito, referente a uma nota promissória protestada por falta de pagamento no último dia 29. O título se refere a uma operação de arrendamento de cinco aeronaves, já devolvidas pela companhia aérea. Hoje, a Justiça deu à GE prazo de dez dias para que ela atenda a uma série de exigências no pedido de falência que formulou contra a Transbrasil, sob pena de indeferir o requerimento. A GE deverá comprovar a natureza comercial da Transbrasil, com apresentação de cópia de seu estatuto constitutivo. O pedido de falência só cabe contra sociedade comercial e não é o caso da companhia aérea, uma sociedade civil prestadora de serviço.
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