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Entre músicas pop, samba, MPB e rap, Ebony e Ana Frango Elétrico foram as artistas mais citadas; veja
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Com seu canto e violão repletos de ancestralidade, e o auxílio do cello tocado pelo craque Jacques Morelenbaum, João - sem pieguices - fala sobre os povos originários e da relação profunda que eles têm com a natureza e sua preservação. São 6 minutos e 35 segundos de puro transe.
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Foi neste 2023 que Alaíde lançou uma canção visceral feita sob medida para sua voz marcante. Impossível não se emocionar ouvindo-a cantar os versos que ela ganhou do compositor pernambucano Junio Barreto.
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Com letras que reverenciam a ancestralidade espiritual e musical, Iboru vai ficar para história. Dá para dizer até que marca o início de um gênero: o ‘novo samba tradicional’. Marcelo foi genial ao trazer os graves contemporâneos do hip-hop para o samba e integrar essas duas tribos em uma espécie de “terreiro” das ruas.
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Ana Frango Elétrico foi destaque neste ano e mencionada três vezes na lista de melhores músicas de 2023. Antes de 2023, ela já era a queridinha dos alternativos. Mas em seu caminho rumo ao grande disco Me Chama De Gato Que Sou Sua, ela provou que tem de tudo um pouco em Insista em Mim. É aquela balada charmosinha, que seduz, um soul brasileiro gostoso, autêntico. Pedir carinho é pouco: para Ana, o novo pedido é “me plante agora em seu jardim”.
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É das mãos do pianista nascido em Madureira (RJ) que se extrai a melhor canção de 2023. A linhagem erudita/jazzística está no deslizar das teclas, mas não é um elemento isolado, se “funde e confunde” com os vocais do Tuyo e uma base flutuante.
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O single inicial do projeto Sopro, que reúne três filhos cariocas do Clube da Esquina e o arranjador Pedro Araújo, recupera a ambição e a grandiosidade de alguns dos melhores momentos da MPB setentista. Lenine canta sobre um mar de ideias e surpresas, ilustradas com precisão por uma orquestra gravada em Praga, na República Tcheca.
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A história é da mulher que vacila, para, reflete, e resolve tomar a decisão errada várias vezes. Tudo bem amarrado, perfeito. É a velha fórmula pop de cantar sobre um vício amoroso com uma melodia viciante - mas aqui mais brasileira, sob o calor escaldante de um forró arrochado.
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O ano foi marcado pelo lançamento do primeiro álbum póstumo de Elza Soares. Oito das dez canções foram assinadas por ela. A cantora ainda nos presenteou com uma das últimas letras compostas pela eterna Rita Lee. No Tempo da Intolerância, que dá nome ao álbum, resume a majestade e o significado de Elza. Azar do passado, que não a permitiu ser tão autoral assim. Sorte do presente, que a permitiu ser atemporal.
Foto: Sebastião Moreira/EFE
Não tem como não citar uma das músicas mais escutadas do ano e, com certeza, uma das mais faladas do País. A melodia envolve o ouvinte que se permite entrar na poesia romântica escrita por Luísa para o então namorado, Chico Moedas. Há quem diga que é bossa nova, há quem discorde, mas é preciso admitir que chega perto. Se for, é a primeira do gênero a chegar ao topo das plataformas de streaming no Brasil.
Foto: Divulgação/Foto: Felipe Gomes
Outro destaque é a diss track Espero que Entendam, da rapper Ebony, que foi mencionada três vezes nesta lista. A artista chacoalhou a cena do hip-hop ao reivindicar que mulheres sejam mais ouvidas no rap e trap daqui. Não tem como negar que a rima e levada de Ebony são excepcionais e projetaram toda grandeza de seu álbum Terapia.
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Veja no Estadão a lista completa das melhores músicas nacionais de 2023