Foto: @JeffBezos/Reprodução

Empresas

New Glenn: reveja o voo do foguete que assusta Elon Musk

Blue Origin, de Jeff Bezos, conseguiu colocar em órbita veículo que deve rivalizar com a SpaceX

Foto: @DaveLimp/Reprodução

Quase não aconteceu

Inicialmente agendado para sexta-feira, 10, o voo foi adiado para o domingo, 12, e depois para segunda-feira, 13, até ser confirmado nesta madrugada. Mesmo assim, a decolagem não aconteceu sem novos sustos. Duas interrupções na contagem regressiva atrasaram o lançamento – uma devido ao resfriamento dos motores e outra por conta de um barco que invadiu a área de segurança.

Foto: @JeffBezos/Reprodução

Em órbita

O foguete atingiu a órbita 13 minutos após o lançamento e cumpriu seu objetivo principal. A missão, prevista para durar cerca de seis horas e encerrar às 10h no horário de Brasília, partiu do Complexo de Lançamento 36, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

Foto: Redes sociais/Reprodução

Durante a missão

Era programada a recuperação do primeiro estágio do foguete em uma balsa no aceano Atlântico, mas a empresa já informou que isso não vai acontecer, o que já era esperado. É comum que partes de foguetes que deviam voltar para a Terra sejam manobradas para uma “órbita cemitério”.

Foto: @BlueOrigin/Reprodução

Perderam no mar

O equipamento perdeu o sinal com o controle e deixou de enviar dados após iniciar o processo de retorno autonomamente para a plataforma de pouso. A recuperação do primeiro estágio do foguete devia acontecer numa balsa no oceano Atlântico.

Foto: Reprodução/Redes sociais

O colega mandou parabéns

Por meio de uma publicação no X, o feito foi parabenizado por Elon Musk, dono da Space X, empresa que lidera o setor da exploração espacial comercial há anos. “Parabéns por chegar à órbita na primeira tentativa!”, disse em menção a Bezos.

Foto: @JeffBezos/Reprodução

Qual era a missão?

A NG-1 levava o Blue Ring Pathfinder, uma carga útil responsável por testar tecnologias para o veículo de transferência orbital Blue Ring. A carga é um tipo de “rebocador espacial”, que possui um conjunto de comunicação, sistemas de energia e computadores de voo instalados.

Foto: Gregg Newton/GREGG NEWTON

Demorou e foi caro

Revelado em 2016, o New Glenn tinha estreia marcada para 2021, mas o demorado - e custoso - processo de desenvolvimento atrasou. Entre o anúncio e o lançamento, a Blue Origin ainda teve problemas legais com a Nasa e a SpaceX a respeito dos contratos de lançamento e foi acusada por alguns funcionários de tomar atalhos em normas de segurança.

Foto: @DaveLimp/Reprodução

Reutilizável

A Blue Origin diz que a nave opera com combustível mais limpo que o padrão. Além disso, a espaçonave foi projetada para ser reutilizável desde essa primeira fase. Segundo a empresa, o primeiro estágio do New Glenn foi projetado para um mínimo de 25 voos. Já estão programados mais oito lançamentos do New Glenn para 2025, um deles já entre março e junho.

Foto: Blue Origin/NYT

Próximas missões

O foguete, agora deve ser usado para lançar satélites e outras espaçonaves, inclusive aquelas projetadas para irem a Lua. Além da Nasa, a empresa já tem contratos com a Space Force (Força Espacial dos EUA) para apoiar operações militares, Project Kuiper que visa lançar uma constelação de satélites para oferecer internet de alta velocidade da própria Amazon e outros.

Foto: Project Apollo Archive

Um novo capítulo na corrida espacial

O sucesso do lançamento acirra a corrida espacial entre as empresas que disputam, inclusive, contratos bilionários com a Nasa. Agora, a Blue Origin tem o desafio de pousar na vertical. A SpaceX enfrentou uma trajetória similar e passou por fracassos antes de conseguir dominar essa técnica com sucesso.

Foto: Jim Watson/AFP

Elon Musk vai comprar o TikTok nos EUA? Veja o que sabemos sobre o negócio

Leia também

Texto

João Pedro Adania