Foto: Alex Silva/Estadão

São Paulo

Casarão das Muletas: o fim do palacete histórico da Bela Vista

Tombado como patrimônio cultural municipal desde 2002, e em degradação há décadas, o imóvel do centro da capital passa por processo de demolição após constatado o risco de desabamento.

Foto: Alex Silva/Estadão

Patrimônio cultural municipal

Datado de 1913, o casarão, que fica na Rua Artur do Prado (Bela Vista), se tornou patrimônio cultural municipal em 2002 junto de outros imóveis da região.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Importância histórica

O processo de tombamento reconheceu as edificações pela “importância histórica e urbanística” e por preservarem os traços arquitetônicos da época em que o bairro começou a ser ocupado no século 19.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Ruínas e degradação

Porém, depois do tombamento, o sobrado foi abandonado pelos proprietários e entrou em processo contínuo de degradação.

Foto: Reprodução Jornal da Tarde via TJSP - 03/11/2004

‘Torre de Pisa da Bela Vista’

Chegou até a ser apelidado em 2004, pelo Estadão, como a Torre de Pisa da Bela Vista, por começar a se inclinar para o lado.

Foto: Alex Silva/Estadão

Muletas

Mas, foi outro apelido que pegou: “o Casarão das Muletas”, dado em razão das várias estacas colocadas para sustentar as paredes que davam sinais de declínio.

Foto: Alex Silva/Estadão

Risco de queda

Em janeiro deste ano, uma forte chuva que atingiu a cidade provocou a queda de partes da construção, atingindo o terreno do edifício vizinho.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Interdição

A situação fez a Defesa Civil interditar o casarão e indicar o esvaziamento do primeiro andar do condomínio ao lado.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Demolição

Após laudo técnico de engenheiros apontar que o palacete poderia entrar em colapso (sem chance de recuperação), o Conselho Municipal de Patrimônio (Conpresp) autorizou a demolição.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Demolição escalonada

O processo começou no dia 2 de fevereiro, e deverá ser feito de forma escalonada, dentro de um prazo de 180 dias e ao custo de R$ 550,3 mil, conforme contrato com a empresa terceirizada.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Proprietária não é localizada

Antonia Nogueira de Araújo, identificada como a proprietária, não foi localizada nem se manifestou em processos abertos pela demolição do casarão.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Multas

O imóvel tem ao menos R$ 1,4 milhão a pagar de em IPTU e, até 2019, a proprietária tinha uma multa aplicada pelo Conpresp de R$ 772,9 mil por não reconstruir ou restaurar o local.

Foto: Alex Silva/Estadão

Desapropriação

A Prefeitura de São Paulo tem discutido a possibilidade de tomar posse do casarão em ruínas. Um dos possível destinos é de desapropriação.

Foto: Taba Benedicto/Estadão

Dívidas

“Se não conseguirmos encontrar o proprietário, o custo da demolição vai se somar à dívida que o imóvel tem. A decisão de como vamos receber isso mais pra frente pode ser pegar o terreno para suprir esses valores” Prefeito Ricardo Nunes

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Reportagem

Priscila Mengue

Produção

Caio Possati

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