Foto: Felipe Rau/Estadão
SOS Mata Atlântica lança nova versão da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, que apresenta o cenário da qualidade da água em bacias hidrográficas da Mata Atlântica; passe para o lado e confira os principais resultados da pesquisa.
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As coletas feitas em três locais do Pinheiros, ao longo de 2023, mostraram que o Índice de Qualidade da Água (IQA) deste importante rio, que cruza a capital paulista, é de 19, pontuação que classifica suas águas como péssimas.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão
A avaliação é feita com base em indicadores físicos, biológicos e químicos encontrados na água. As classificações são as mesmas adotadas pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que divide a qualidade da água em Ótima, Boa, Regular, Ruim e Péssima.
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Apesar de o governo paulista ter injetado bilhões de reais em programas para despoluir o Rio Pinheiros nos últimos anos, os resultados encontrados não surpreendem o geógrafo Gustavo Veronesi, coordenador do programa Observando os Rios, órgão responsável pelo estudo.
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“Não se deve dizer que o Pinheiros vai ficar limpo de uma hora para a outra porque é um rio que está sofrendo há décadas. O Rio Tâmisa, em Londres, levou 70 anos para ser despoluído. Saneamento e tratamento de esgotos são trabalhos que devem contínuos, e não podem ser abandonados”, afirma.
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A SOS Mata Atlântica monitorou, ao todo, 15 pontos do Tietê no Estado, incluindo a capital. Os resultados encontrados mostraram que 8 pontos apresentaram IQA de nível Regular; 2 locais, de qualidade Boa; 5, Ruim e só em 1 ponto monitorado, em Barueri, a água do rio foi considerada Péssima.
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A respeito do Rio Tietê, os pesquisadores destacam a melhora da qualidade da água em um ponto específico do rio: a parte do curso entre Guarulhos e a capital, que passou de um IQA Ruim para Regular. Veronesi atribui a melhora a obras de tratamento de esgoto na região.
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O geógrafo afirma que essa melhora não reverbera nas águas do rio quando o Tietê passa pela capital. “Aqui, em São Paulo, uma série de rios, como Itacoatiara e Aricanduva, começam a levar para o Tietê a carga de esgoto que recebem”, explica.
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O material foi colhido e analisado mensalmente ao longo de 2023. Segundo a SOS Mata Atlântica,174 pontos de 129 rios e corpos d’água foram monitorados, totalizando 1.101 análises. A pesquisa abrange 80 municípios de 16 Estados onde existe a cobertura do bioma.
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Das amostras coletadas dos rios e córregos, 8% apresentaram IQA de qualidade Boa; 77% atingiram o índice Regular; 12,1% estão com índice de classificação Ruim e 2,9%, estão no nível Péssimo. Não foram encontradas coletas de água com IQA Ótimo.
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A Semil diz que a SOS Mata Atlântica adota critérios diferentes dos utilizados pela Cetesb, e informa que, em 2023, removeu 1,16 milhão de m³ de sedimentos dos rios Tietê e Pinheiros. A pasta afirma também que foram retiradas 35,6 mil toneladas de lixo do rio Pinheiros, e que o investimento total no programa IntegraTietê é de R$ 5,6 bilhões.
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Veja mais detalhes do estudo feito pela SOS Mata Atlântica na reportagem produzida pelo Estadão
Caio Possati
Caio Possati