Foto: Divulgacao/SGB
É a primeira vez que a estiagem afeta de forma intensa uma região tão grande do País, da Amazônia ao Paraná. O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais diz que é a maior seca de sua série histórica, iniciada em 1950. A situação deve se agravar nos próximos três meses.
Foto: Divulgacao/Defesa Civil Municipal
Segundo o Cemaden, 3,8 mil cidades do País estão enfrentando período de seca (que pode ser de fraco a excepcional). O número aumentou quase 60% entre julho e agosto. Na Amazônia, onde boa parte do transporte é hidroviário, várias cidades estão isoladas por conta dos rios que secaram.
Foto: CBM-MS
Os focos de incêndio se alastram por todo o País, e a fumaça está provocando problemas respiratórios na população. Só na Amazônia, entre 1 e 2 de setembro, foram registrados 3.432 focos de calor, e a fumaça atravessou o País e já chegou ao Sul. A agricultura também sofre com a estiagem.
Foto: CBM- MS
Principal fonte de eletricidade do País, as usinas hidrelétricas dependem do volume de água nos rios. O pouco volume de chuvas fez com que os rios chegassem a níveis tão baixos que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já anunciou a ativação das usinas termoelétricas, para suprir a demanda.
Foto: Marcelo Camargo/Agvncia Brasil
Cientistas dizem que várias situações contribuíram para o cenário. O fenômeno El Niño do ano passado contribuiu para a elevação das temperaturas no País e alterou os padrões de chuva. A temperatura do Oceano Atlântico continua acima da média, e a temporada de chuvas tem baixa precipitação.
Foto: CBM-SP
“Saímos de um (Oceano) Pacífico aquecido (no El Niño) para um Atlântico Norte mais aquecido. Não houve uma trégua e isso fez com que a situação de seca fosse se agravando gradativamente”, diz a pesquisadora do Cemaden Ana Paula Cunha, responsável pelo monitoramento das estiagens.
Foto: Brigadistas Indígenas/CIR
Em setembro, outubro e novembro haverá chuvas abaixo da média em todo o Brasil, prevê o cientista Marcelo Seluchi, do Cemaden. “O problema não é só a falta de chuva, mas também as temperaturas muito altas, que deixam os rios e o solo mais secos”, diz o meteorologista Giovani Dolif, também do Cemaden.
Fabio Grellet
Roberta Jansen