A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) entrou nesta terça-feira, 30, com uma ação indenizatória contra o secretário municipal de Obras do Rio, Eider Dantas, em razão das declarações que ele tem dado sobre a possibilidade de o deslizamento de terra que fechou o túnel Rebouças (principal ligação entre as zonas norte e sul da cidade) ter sido causado por vazamento em tubulações da companhia. Na ação, a Cedae pede reparo aos danos à sua imagem no valor de R$ 100 mil. "A Cedae vê sua imagem abalada perante a sociedade. O bom nome que a companhia ostenta é maculado pelas infelizes declarações do secretário de Obras, que acusa a companhia sem lastro. Essas acusações fazem parte da cortina de fumaça do secretário tentando distrair a população para os reais problemas do município como as construções irregulares, a falta de investimento em contenção de encostas e o lixo que entope as galerias", afirmou o diretor jurídico da empresa, Leonardo Espíndola. Durante a semana, o secretário de Obras apresentou três canos diferentes rompidos como causa do deslizamento e, na segunda, disse que "está mais que comprovado que o vazamento de água provocou a queda do barranco. Na ocasião, o secretário disse ainda que iria multar a Cedae. Procurado pelo Estado, nesta terça ele não quis dar declarações sobre o assunto. Caso a Cedae ganhe a ação judicial, de acordo com Espíndola, o valor recebido será revertido para obras sociais da favela Cerro-Corá, que fica sobre o morro do túnel Rebouças. "Há farto material coletado pelos técnicos da prefeitura e da Cedae que poderão ser usados pela Justiça para que se tenha certeza de que as declarações difamatórias do secretário são infundadas", disse.