Equipe da Unesco faz primeira visita ao Museu Nacional

Por medida de segurança, especialistas em reconstituição de patrimônios históricos permaneceram apenas na parte externa

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Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Durou uma hora e dez minutos a primeira visita da comitiva de especialistas na reconstituição de patrimônios históricos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês) ao Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão,na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira, 13. A equipe comandada pela italiana Cristina Menegazzi, chefe do Programa de Salvaguarda de Emergência do Patrimônio Cultural Sírio da Unesco, chegou às 16h20 e permaneceu até as 17h30 observando pelo lado de fora o prédio, atingido por um incêndio no último dia 2. Ninguém entrou no museu, que continua interditado até que sejam adotadas medidas de segurança para garantir que não ocorram desabamentos.

Nenhum integrante da Unesco entrou no Museu Nacional, que continua interditado até que sejam adotadas medidas de segurança para garantir que não ocorram desabamentos Foto: Wilton Júnior/Estadão

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A equipe da Unesco não falou com a imprensa. Segundo o diretor do museu, Alexander Kellner, durante a primeira reunião da comitiva com a equipe do museu foi debatida a instalação de uma cobertura provisória, que possa proteger da chuva e do sol o que restou do acervo.

"O que se estuda agora são coisas pontuais, básicas. Trabalho maciço, só quando o prédio oferecer segurança. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro, a cujo patrimônio pertence o museu) tem uma responsabilidade gigantesca de evitar que alguém se machuque", disse.

Segundo o diretor do museu, está sendo escolhida a empresa que fará as obras necessárias para entrar no museu.

"Para receber a verba emergencial era preciso fazer um termo de referência. Foi feito, dentro do prazo, pela UFRJ. Depois disso, esse documento é analisado por diferentes atores, e isso também já foi feito", afirmou Kellner. "Já estão trabalhando no isolamento do terreno, como também fazendo a tomada de preços para estabelecer a estruturação interna e a cobertura. Quanto tempo isso vai demorar? Só terei essa informação quando a empresa estiver contratada."

Segundo o diretor do museu, a própria Polícia Federal, responsável pela perícia que tentará identificar a causa do incêndio, não conseguiu entrar no prédio, por causa do risco de desabamento. A perícia ainda depende disso.

Novas reuniões com o grupo da Unesco devem ocorrer diariamente, nessa etapa.

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