Juiz nega fiança a acusado de matar jornalista português

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O modelo acusado de castrar e matar um jornalista português em Nova York deverá continuar preso, sem direito a fiança, enquanto aguarda o andamento do processo. A morte do conhecido jornalista Carlos Castro, de 65 anos, chocou Portugal. Ele foi achado há uma semana numa poça de sangue no seu quarto, no hotel Intercontinental, a poucos quarteirões da Times Square. Legistas disseram que ele sofreu lesões na cabeça e foi estrangulado. O modelo Renato Seabra, de 21 anos, também português, confessou ter ferido Castro com um saca-rolhas e cortado os testículos dele, segundo o boletim de ocorrência divulgado na sexta-feira, pouco antes da primeira audiência judicial sobre o caso. O documento diz que o rosto de Castro tinha marcas de sapatos e arranhões. Seabra está internado sob custódia no hospital Bellevue -- a mídia local disse que ele tentou cortar os pulsos -- e assistiu à audiência de sexta-feira por teleconferência, com a ajuda de um intérprete. Usava um pijama hospitalar verde. O juiz Anthony Ferrara determinou que o modelo continue preso pelo menos até a próxima audiência, em 1o de fevereiro. Maxine Rosenthal, assistente da promotoria, afirmou à corte que "se trata de um crime muito sério e muito violento." Castro, nascido em Angola durante o colonialismo português, trabalhou para vários veículos de comunicação do seu país, como o Diário de Notícias, 24 Horas e Correio da Manhã, segundo seu site. (Reportagem de Basil Katz)

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