Uma corte venezuelana ordenou a prisão do líder opositor exilado Manuel Rosales por acusações de corrupção e pediu à Interpol que o prenda depois que ele foi para o Peru, disse a TV estatal na quarta-feira. O anúncio ocorreu depois que Rosales falou à TV da oposição venezuelana, chamando o presidente Hugo Chávez de "covarde" e "ditadorzinho" em uma mensagem desde Lima, onde ele busca asilo político alegando sofrer perseguição na Venezuela. O tribunal que julga as acusações de enriquecimento ilícito contra Rosales disse ter pedido sua prisão depois que ele não compareceu em uma audiência preliminar sobre o caso e voou para o Peru. Promotores dizem que Rosales, um ex-candidato presidencial e a face mais visível da dividida oposição do país, não pode explicar a fonte de 60 mil dólares que juntou quando era governador do Estado petrolífero de Zulia. Uma campanha publicitária da TV estatal o acusa de ser dono de mansões e de shopping centers em Miami. Líderes oposicionistas afirmam que o caso mostra um uso seletivo da Justiça destinado a enfraquecer a oposição. Simpatizantes de Chávez classificam o processo como uma simples investigação de um caso de corrupção. Rosales entrou com um pedido de asilo no Peru na terça-feira depois de chegar a Lima há alguns dias com 20 aliados opositores das políticas socialistas de Chávez, disse à Reuters uma fonte próxima à situação. (Reportagem de Brian Ellsworth)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.