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Em meio a críticas, França deporta mais 124 ciganos para a Romênia

Expulsão leva a oposição socialista a acusar o governo Sarkozy de racismo

Atualização:

A segunda leva de ciganos deportados da França chegou à Romênia nesta sexta-feira, 20. Ao menos 124 pessoas desembarcaram em Timisoara, no oeste do país, vindas de Paris.

"Morei lá por quatro meses com minha esposa. Se eu não conseguir nada aqui na Romênia, voltarei", disse Aurel Cioaba, na chegada ao país. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou medidas mais duras contra a imigração ilegal no final de julho. A expulsão de ciganos - grupo com histórico de perseguição na Europa - levou a oposição socialista a acusar o governo de racismo. "Estamos vendo a transformação do racismo em política de Estado", disse o deputado do PS Arnaud Montebourg. Na Romênia, o Partido Romilor, que defende o interesse dos ciganos, também criticou a medida. "É uma mancha na história da França e da Romênia", disse o líder do partido Daniel Vasile. A França pode repatriar ciganos, mesmo que eles tenham vindo de países da União Europeia, como Romênia e Bulgária, caso eles não consigam provar que podem se sustentar no novo país. O governo diz que a maior parte dos repatriados o faz voluntariamente e recebe 300 euros para se restabelecerem no país de origem.

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