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Foguetes lançados do território libanês atingem Israel

Ao menos duas pessoas ficaram feridas; israelenses respondem com mísseis e entram no espaço aéreo libanês

Por Agências internacionais
Atualização:

Pelo menos quatro foguetes foram lançados nesta quinta-feira, 8, do sul do Líbano contra o norte do território israelense e Israel respondeu com cinco mísseis. Duas pessoas ficaram feridas. Após o ataque, aviões de guerra de Israel entraram no espaço aéreo libanês. Veja também: Israel e Hamas retomam ataques e CS termina sem acordo George Bush volta a pedir paz em Gaza Israel e Hamas se reunirão no Egito na quinta, diz embaixador Israel ordena retirada de civis e bombardeia o sul de Gaza Gabinete israelense aprova ampliação de ofensiva em Gaza Ataques mataram 205 crianças, dizem palestinos  Após trégua humanitária, violência retorna a Gaza França provoca confusão ao anunciar cessar-fogo  Trégua por 3h é piada, diz ex-relator da ONU brasileiro  Especial traz mapa com principais alvos em Gaza  Linha do tempo multimídia dos ataques em Gaza  Brasileiros que vivem em Gaza não querem sair  Brasileiros que vivem na região falam sobre o conflito  Bastidores da cobertura do 'Estado' em Israel  Conheça a história do conflito entre Israel e palestinos  Veja imagens de Gaza após os ataques      É a primeira vez que há uma troca de tiros entre o sul do Líbano e o norte de Israel desde que começou o bombardeio israelense à Faixa de Gaza. Segundo a versão digital do jornal Haaretz, três projéteis atingiram a zona de Galilea e um quarto Naharía. Oficiais ordenaram o fechamento de escolas e pediram para os habitantes ficarem em abrigos. Não está claro se o lançamento foi feito pela guerrilha Hezbollah, contra a qual Israel lutou em 2006, ou por palestinos em um ataque que representa um novo desafio para os dirigentes israelenses no 13º dia de campanha. As forças israelenses estavam em alerta contra um possível ataque no norte do país, acreditando que o Hezbollah poderia atacar em apoio ao Hamas. A violação do espaço aéreo libanês por aviões israelenses, que sobrevoam intensamente várias áreas do sul do país, acontece pouco após Israel lançar uma "resposta militar pontual" com cinco mísseis contra a zona do Líbano de onde foram disparados foguetes, segundo informou o canal "10" da televisão do Estado judeu. Fontes militares confirmaram à Agência Efe que uma bateria de artilharia israelense disparou vários mísseis contra a zona da qual saíram os foguetes e que, por enquanto, cessou o fogo até estudar a situação. Segundo as mesmas fontes, a Força Aérea israelense, apesar de ter sobrevoado o Líbano, não participou dos bombardeios desta manhã. Para o Exército, se trata do ataque de alguma organização palestina como a que fez, um ano antes, disparos contra a área de Shlomi, não muito longe de onde caíram hoje os três foguetes. Na quarta-feira, o líder-supremo do Hezbollah, Sheikh Hassan Nasrallah, alertou Israel para não empreender uma ação militar no Líbano, garantindo que a guerra de 2006 foi apenas "um piquenique" em comparação com o que tem "preparado" para enfrentar as ameaças neste momento. Retomada dos ataques Israel voltou a bombardear o sul da Faixa de Gaza e o Hamas retomou os lançamentos de foguetes após uma pausa de três horas, que permitiu o ingresso de alimentos e combustíveis para socorrer os civis palestinos. Apesar do intenso enfrentamento, as negociações da proposta de trégua da França e do Egito continuam. Após o fracasso do Conselho de Segurança da ONU para chegar a um acordo de cessar-fogo, o embaixador do Egito na Organização, Maged Abdelaziz, disse que Israel, Hamas e a Autoridade Palestina aceitaram enviar delegações para o Cairo para se reunirem separadamente com autoridades egípcias nesta quinta-feira. Abdelaziz disse que "todo mundo concordou em enviar uma delegação técnica" com a finalidade de conversar sobre a proposta franco egípcia para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, cujos termos ainda não são totalmente conhecidos. "O mais importante é que alguma coisa comece, tem que haver um movimento positivo. E o movimento positivo é o cessar-fogo", disse o embaixador, se referindo à ONU e à Faixa de Gaza. Israel lançou nesta quarta-feira, 7, incursões aéreas que mataram 29 palestinos após atirar panfletos na fronteira de Gaza e Egito, pedindo para os moradores deixarem a área "porque o Hamas utilizava suas casas para esconder e contrabandear armas militares". Cerca de 800 famílias deixaram o local. O Exército israelense suspendeu suas operações por três horas na quarta-feira para permitir a entrada de 80 caminhões de alimentos e remédios na Faixa de Gaza com o objetivo de aliviar o sofrimento da população civil. Combustível também foi enviado. O porta-voz militar israelense, Peter Lerner, afirmou que Israel pretende realizar recessos similares nos próximos dias. A pausa permitiu ainda a retirada de cadáveres pelas unidades médicas. Imediatamente após vencer a pausa, Israel retomou os bombardeios e Hamas voltou a lanças foguetes, apesar das críticas internacionais pela morte de civis e outras sequelas do conflito. Texto atualizado às 6h25

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