LED ou OLED: qual tela é melhor para sua TV?

Selecionamos quatro modelos que estão entre os melhores do mercado atualmente. Logo abaixo deles, destrinchamos os diversos tipos de tela de TV para você ter certeza da sua compra.

Essa informação é relativamente simples de ser encontrada: geralmente o tipo de display está incorporado ao nome do produto quando é uma TV. Mas quando não aparece no título (especialmente em caso de monitores e smartphones), dá para achar no descritivo do produto ou no manual, já que essa é uma configuração bem importante.

Mas qual a diferença entre LCD ou LED? A grosso modo, o primeiro tipo tem uma longevidade maior, mas consome mais energia. Já o LED é mais econômico e ambos têm dificuldades em transmitir um “preto verdadeiro”. Tem bastante história por trás – mas você pode pular para a próxima seção se esse resumo já foi satisfatório.

Antes de qualquer um desses dois havia o display de plasma. Foi bem popular em TVs dos anos 2000, mas já sumiu do mercado. Capaz de emitir luz própria, usava gases ionizados para a formação de imagens e acabava consumindo mais energia, com vida útil bem baixa.

O LCD, concorrente da época, trocou esses gases por cristais líquidos – material mais denso que o plasma –, o que reduziu o peso dos dispositivos e barateou o custo de produção. Também adicionou retroiluminação fluorescente de cátodo frio (também chamada de CCFL), o que melhorou a transmissão de imagem.

Tempos depois, surgiram as telas que trocaram essa luz fluorescente ao fundo por díodos emissores de luz (LED, na sigla em inglês), mas ainda mantendo os cristais líquidos. Elas chegaram com o diferencial de ter um painel de pequenas luzes ao fundo do aparelho. Elas acendem, atravessam o cristal e assim transmitem a imagem no visor. Dessa forma, o LED é visto como um subtipo de LCD.

Em outras palavras: qualquer TV de LED é de LCD, mas nem toda televisão LCD é de LED – especialmente as mais antigas.

A resposta está ligada ao preço – como geralmente acontece com outros produtos. Em poucas palavras, o display OLED é melhor porque consegue entregar um “preto verdadeiro”. Por outro lado, o LED é capaz de emitir muito mais brilho que as telas OLED à venda atualmente, tornando-o ideal para ambientes muito iluminados.

Ele voltou a ser uma tela emissiva (como o plasma era), ou seja, que não separa as funções de luz e cor. O LED comum faz essa divisão e, por isso, tem um preto com aspecto acinzentado.

Mas o embate LED vs. OLED é maior que esses dois pontos e são concorrentes que trabalham de maneiras distintas. O LCD/LED rompeu a lógica do plasma e separou as funcionalidades de emissão de luz e de cor: a iluminação passou a ser feita por um painel ao fundo, enquanto o colorido é ativado por essa luz ao atravessar o cristal líquido.

Já o OLED, inovação mais recente do mercado de telas, volta a unir as funções ao trocar o LED comum no fundo da tela por díodos orgânicos que são capazes de emitir luz própria (retornando com a lógica do plasma, que também se autoiluminava).

Mas qual a melhor TV do tipo LED? Depois de ser lançado no mercado, o LED não ficou parado e foi evoluindo com o tempo. Os primeiros modelos concentravam os pontos de iluminação nas bordas da tela (formato conhecido como edge-lit).

Com o tempo, os displays passaram a entregar imagens cada vez mais vívidas, graças à evolução da tecnologia. Os pontos de luz foram reduzidos cada vez mais (chegando a vez dos formatos direct-lit e full-array) e se tornou possível dividi-los em zonas de iluminação. Ao mesmo tempo, os cristais atingiram o nível de nanopartículas (surgindo aí os chamados pontos quânticos). Essa combinação resultou em melhor precisão e intensidade das cores. Foi o começo de modelos como QLED e MiniLED.

Virou uma sopa de letrinhas para você? É normal a confusão entre os consumidores. Um resumo fácil seria: LED simples tem luz somente nas bordas, QLED e MiniLED tem mais pontos de luz – e isso é melhor porque significa que a TV entrega cores mais vivas e mais brilho.

Em uma escala de evolução, os displays ficariam mais ou menos assim (do mais moderno para o mais antigo):

• OLED (e seu concorrente, MicroLED);
• MiniLED com pontos quânticos (pode ser chamado pelas marcas com termos como Neo QLED e D-LED);
• LED com pontos quânticos (também conhecido como QLED);
• LED comum;
• LCD;
• Plasma.

Mais recentemente, surgiram as telas do tipo OLED. Nelas, cada pixel se autoilumina e, dessa forma, o controle de quais pontos da tela ficam acesos é maior.

É diferente do LED (e MiniLED, QLED, etc) que depende do painel backlight ao fundo para ter luz. Essa iluminação pixel a pixel do OLED entrega o melhor contraste disponível no mercado, com imagens vívidas por conta do “preto verdadeiro” (que surge ao desligar o pixel de forma independente). 

Outra vantagem das telas OLED é que elas oferecem excelente ângulo de visão: dá para assistir em uma posição lateral de até 178° sem que haja distorção de cores.

Então vale a pena investir em uma TV OLED? Depende da luminosidade do ambiente. 

Geralmente essas televisões têm pico de brilho inferior aos modelos de LED. Em uma sala ensolarada ou uma recepção muito iluminada, fica mais difícil assistir TV. Por outro lado, quem consegue bloquear completamente a entrada de luz no cômodo pode ter uma experiência bem mais realística ao maratonar cenas escuras à la Game of Thrones.

Contudo, vale um ponto de atenção: telas OLED estão sujeitas a sofrer com o efeito burn-in – aquela famosa “imagem fantasma”. Em televisões domésticas esse problema pode acontecer após alguns anos de uso, mas se você costuma deixar uma imagem pausada por muito tempo na sua recepção, pode se tornar um baita problema com pouco tempo após a compra.

As televisões OLED estão em alta no mercado atualmente e representam os melhores tipos de display disponíveis à venda. Porém, a linha evolutiva do LED reluta em morrer.

Após o surgimento do OLED, o mercado lançou o MicroLED, capaz de dispensar o backlight que tanto atrapalhava no contraste perfeito. Esse novo display também é capaz de entregar o “preto verdadeiro”, mas mantendo o nível de brilho muito alto do LED comum, unindo o melhor dos dois mundos.

No Brasil, apenas a Samsung disponibiliza uma TV com essa tecnologia, a The Wall, mas ela não está à venda em lojas comuns – é preciso entrar em contato com a marca para solicitar orçamento direto. Vai demorar um pouco para surgir uma televisão MicroLED mais acessível.