O Estado realiza nesta quarta o 3.º fórum para debater os caminhos possíveis para a reconstrução do Brasil à luz das eleições gerais de outubro. O evento debate qual deve ser o papel do Brasil no mundo e a importância de o País firmar um novo pacto federativo.
Com transmissão em tempo real pelo portal estadao.com.br, o seminário terá a apresentação da jornalista Eliane Cantanhêde, colunista do Estado.
O primeiro painel começa às 9h40 e conta com o diplomata Rubens Barbosa, com o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e com a economista Lídia Goldenstein. Os três vão discutir a melhor forma de recolocar o Brasil em uma posição de destaque na conjuntura externa.
O segundo painel vai abordar a importância de se firmar um novo pacto federativo – reforma considerada por analistas necessária, mas de difícil realização. Os convidados são o chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes; o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski; e a professora da Escola de Administração de Empresas da FGV Cibele Franzese.
A série Reconstrução do Brasil é uma parceria do Estado com a Unibes Cultural e tem apoio institucional do Centro de Liderança Pública (CLP), do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior 24/04/2018, 19h55 12h34 A cobertura em tempo real do Estado fica por aqui. Muito obrigado pela sua atenção e até a próxima! 12h33 O painel vai chegando ao fim. Em sua fala, Eliane Cantanhêde diz que falta ação da academia e da iniciativa privada em conexão com o setor público. 12h30 Presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski: "Os desvios estão na União, para manter o status quo em Brasília. Por isso é a realidade que vivemos. Tem que distribuir melhor. Há um conluio. Um prefeito faz o projeto, vai para Brasília, é recebido no aeroporto com auxiliar parlamentar, perambula por lá, uma emenda de R$ 300 mil demora 70 meses para ser concluída. Não são todos, repito, mas é isso que nós queremos? Cada vez menos pessoas competentes para fazer gestão?" 12h25 Marcos Mendes sentencia: "O dinheiro acabou. Não tem como sustentar um modelo de Estado em que a União paga tudo. Não posso viajar para a Europa, colocar os filhos na melhor escola ou trocar de apartamento. Temos que fazer escolhas". 12h21 "Temos uma pauta enorme de pessoas dos três níveis de governo que querem avançar", diz Marcos Mendes. 12h19 Marcos Mendes, do Ministério da Fazenda, diz que a cada quatro anos centenas de deputados tentam ser prefeitos. "Não existe essa situação de conflito entre União, Estado e município. Existem condições desfavoráveis ao equilíbrio do federalismo." 12h16 "Uma reforma tributária tem que abordar as diferenças entre os municípios. Ela é importante, mas mexe só com tributos. Tem que mexer na parte fiscal. Não adianta arrecadar se não falar da distribuição", diz Ziulkoski. "Quero saber onde vai esse dinheiro arrecadado", questiona. 12h15 Segundo Ziulkoski, é preciso mudar a realidade do ICMS. "Temos 27 legislações diferentes e isso precisa mudar. Ninguém quer abrir mão dessa alteração", diz. Os municípios só têm três impostos desde 1988, diz ele. "Não temos autonomia. A transferência é maior que a arrecadação". 12h13 Cibele Franzese, da FGV, diz que a reforma tributária possível para o Brasil deve passar pelos fundos setoriais de políticas públicas. 12h12 "Isso está tudo bem? Para mim, o federalismo no Brasil está falido. Esse debate é fundamental e agradeço por terem lembrado de nós por estarmos aqui trazendo um pouco das nossas mazelas", diz Ziulkoski. 12h11 Ziulkoski diz que não adianta criar direitos "e ser populista". "Os municípios estaõ endividados. A mais ingovernável cidade do País é São Paulo. Só pode negociar dívida para fazer mais refinanciamentos", diz. 12h10 Ziulkoski diz que há uma percepção egoísta de que cada um deve lidar com os seus problemas. "Se o saneamento básico é obrigação dos municípios, então eles que se virem." "Todos os programas são bons, mas não cabem no PIB. Não tem saída. O piso do magistério está liquidando com a qualidade da educação do Brasil. Não é só pagar R$ 2.455, mas os planos de carreira, que colocam em R$ 5 mil, R$ 10 mil, e assim sucessivamente", diz. 12h04 Cibele Franzese, da FGV, que há muitos outros problemas além da falta de recursos. A eficiência no uso deles também é imprescindível, diz. 12h03 Sobre reforma tributária, Mendes defende que a melhor forma é ir na direção correta, mas atacando os problemas um a um. "Temos dois passos programados. Um a reforma do PIS/Cofins, tornando-o um imposto mais simples e fácil de cobrar. Em seguida, propor a reforma do ICMS buscando um imposto de valor agregado de âmbito nacional". 12h01 Marcos Mendes diz que as políticas só saem do papel depois que várias áreas tiveram consenso em fazê-las. "E isso decorre de pressão do setor A, B, C ou D."ACOMPANHE AO VIVO
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